Ciclista da Arkéa-Samsic encostou Jake Stewart às barreiras na prova Cholet-Pays de Loire
Por: Lusa
Foto: Instagram Nacer Bouhanni
A União Ciclista Internacional
(UCI) condenou esta segunda-feira "firmemente" a conduta
"perigosa" do francês Nacer Bouhanni, pedindo sanções para o
'sprinter' da Arkéa-Samsic um dia depois deste ter encostado Jake Stewart às
barreiras na prova Cholet-Pays de Loire.
"A UCI condena firmemente
a conduta perigosa do corredor Nacer Bouhanni, que empurrou Jake Stewart
(Groupama-FDJ) contra as barreiras no 'sprint' final da Cholet-Pays de la
Loire, em França, no domingo", lê-se no comunicado da federação internacional.
Nacer Bouhanni, que terminou a
corrida em terceiro, foi desclassificado pouco depois pelo colégio de
comissários, após a análise das imagens televisivas, onde se vê o francês a
'fechar' a trajetória a Jake Stewart, empurrando, com o ombro, o britânico
contra as barreiras.
"A UCI decidiu levar o
incidente à sua Comissão Disciplinar e pedir a imposição de sanções que sejam
apropriadas à gravidade da sua ação", conclui o comunicado.
Após a prova, Stewart
partilhou o vídeo da chegada no Twitter, interpelando diretamente Bouhanni:
"Perguntar-te-ia em que estavas a pensar, mas, claramente, não tens
cérebro. A ironia é teres-me dito que não tenho respeito depois da meta. Aqui
fica um vídeo pedagógico sobre a que se assemelha 'a falta de respeito'".
Também a Groupama-FDJ abordou
o incidente, notando que foi apenas "por sorte" que o seu ciclista
não caiu.
Até ao momento, nem Bouhanni,
conhecido tanto pelas 69 vitórias no palmarés como pelas suas polémicas e
feitio difícil, nem a Arkéa-Samsic se desculparam pelo 'encosto' do 'sprinter'
francês de 30 anos.
A UCI endureceu a posição
quanto a manobras perigosas em 'sprints' desde a queda violenta do holandês
Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep) na Volta à Polónia do ano passado, que
valeu uma suspensão de nove meses ao seu compatriota Dylan Groenewegen
(Jumbo-Visma), que o atirou contra as barreiras num 'sprint' a 80 km/hora.
A federação internacional
justificou a sua inédita decisão -- é a mais pesada sanção aplicada a um
corredor sem ser por doping -- com a "importância de agir neste tipo de
incidentes de um ponto de vista disciplinar, de forma consistente" e de continuar
a trabalhar para melhorar a segurança na estrada.
Fonte: Record on-line
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