Ciclista belga 38 anos teve uma prestação modesta na Milão-San Remo, o único dos cinco ‘Monumentos’ que falta no seu palmarés
O belga Philippe Gilbert
(Lotto Soudal), o ciclista em atividade mais laureado nas clássicas, anunciou
hoje que vai falhar a Volta a Flandres e fazer uma pausa, invocando “uma falta
de frescura mental e física”.
“Em conjunto com a equipa,
decidi gozar agora um período de descanso, porque isto não está a correr nada
bem. Há algum tempo que isto não está a funcionar. Dedicámos tempo a analisar
tudo o que podíamos analisar e a melhor explicação que encontrámos foi uma
falta de frescura mental e física”, explicou o vencedor da Volta a Flandres de
2017, citado em comunicado da Lotto Soudal.
Gilbert, de 38 anos, teve uma
prestação modesta na Milão-San Remo, o único dos cinco ‘Monumentos’ que falta
no seu palmarés, e abandonou as emblemáticas E3 Harelbeke e Gent-Wevelgem, as
suas duas últimas clássicas.
O belga, que não estará à
partida da Volta a Flandres no próximo domingo, acredita que o seu mau momento
de forma resulta de “todo o trabalho” que fez após a queda sofrida na primeira
etapa da Volta a França do ano passado, da qual saiu com uma lesão no joelho
esquerdo.
“Naquele momento, tive um
diagnóstico errado quanto à lesão no joelho. Não percebemos a gravidade da
segunda queda, que foi bastante mais grave do que pensávamos. Talvez devêssemos
ter parado a época de 2020 aí mesmo”, disse o belga, que já tinha fraturado a
rótula anteriormente, e que parou apenas duas semanas após a queda no Tour.
Gilbert assumiu ainda que a
primeira vez que pedalou sem dor foi na véspera da Milão-San Remo, disputada em
20 de março, e que, talvez por isso, o seu corpo esteja a descomprimir após
tantos meses de dor.
“A minha ideia é estar 4-5
dias sem bicicleta e, depois, retomar os treinos devagar. As clássicas das
Ardenas ainda são possíveis, mas ainda é demasiado cedo para traçar objetivos
precisos. Quero sentir-me, física e psicologicamente, a 100% para desempenhar
um papel nos finais. É para isso que corro”, concluiu.
O veterano belga, campeão do
Mundo em 2012, é uma das grandes referências nas clássicas, contando no seu
palmarés com vitórias no Paris-Roubaix (2019), Liège-Bastogne-Liège (2011),
Volta à Lombardia (2010 e 2009), e ainda na Amstel Gold Race (2017, 2014, 2011
e 2010), na Flèche Wallone (2011), assim como em etapas na Volta a França e
Volta a Espanha.
Fonte: sapo on-line
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