Por: José Morais
Foto: FPC
A recente comunicação feita
pela Federação Portuguesa de Ciclismo da suspensão de todas as atividades
competitivas até dia 14 de fevereiro na sequência do confinamento imposto, por
causa das medidas de contenção da pandemia do SARS-CoV-2, referenciava que
apenas o campeonato nacional de ciclocrosse ficava agendado para 21 de
fevereiro, como a segunda prova da taça de Portugal da mesma modalidade a
realizar a 28 do mesmo mês.
Em tempo de pandemia com os
casos a aumentarem descontroladamente, onde o presidente da Republica já veio
dizer que este confinamento deverá durar até março, e onde especialistas já
falam em atingirmos mais de 15000 novos casos diários e os mortos a chegarem ou
ultrapassarem os 300, e que o pico maior ainda está para vir e previsto para as
primeiras semanas de fevereiro, fica a pergunta no ar, que vai ser da Volta ao
Algarve.
A 47.ª edição da algarvia está
agendada de 17 a 21 de fevereiro, três dias após a suspensão de todas as
atividades da FPC que o fez até dia 14, sabemos todos o mediatismo global que a
prova com a marca “Algarve” traz como benefício à região e ao país, dando uma
grande notoriedade mundial durante a realização do evento.
O ano de 2021 mereceu sem
dúvida um interesse muito acrescido da parte das equipas internacionais, cerca
de 30 equipas estrangeiras mostraram muito interesse em marcarem presença,
entre elas 16 pertencem ao World Tour, e solicitaram convites para marcarem
presença e participarem nesta tão importante corrida portuguesa, do circuito
Pro Series, já que a qualidade da organização, como o mediatismo do evento, só
pode trazer mais valias ás equipas participantes.
Com organização da Federação
Portuguesa de Ciclismo, a Volta ao Algarve está a menos de um mês da sua
realização, e em plena pandemia e muitas incertezas, e depois do cancelamento
da Volta ao Alentejo, com a mudança da data da sua realização, fica a pergunta,
que alterações e alternativas estão previstas para um possível cancelamento da
algarvia, quando são esperadas muitas equipas internacionais de renome.
É certo de que o cancelamento
ou alteração de nova data, em nada abona a modalidade, perde os ciclismo
nacional, e em especial as equipas portuguesas, que já tendo um calendário mais
reduzido, via sofrer ainda mais, não esquecendo o prejuízo de apoiantes, os
patrocinadores, e tudo que está à volta da modalidade.
Nesta fase, temos de relembrar
que a Volta ao Algarve até à data, ainda não tem uma televisão que vá assegurar
a sua cobertura. A RTP a televisão pública, tudo aponta que apenas a Volta a
Portugal tem interesse, já que lhe pode trazer algum retorno, as privadas, SIC
nunca mostrou interesse por provas velocipédicas, e quando o fez foi um
desastre, a TVI24 acompanhou nos últimos anos a prova algarvia apesar de ser em
canal por cabo e não acessível a todos era positivo, mas este ano e até ao
momento não mostrou grande interesse, apenas está confirmada a Eurosport, já
que a mesma quer dar viabilidade às equipas internacionais, porque se as mesmas
não marcarem presença, se calhar o seu interesse pelo evento, poderá ser nulo.
Por isso, seria muito
importante a organização dar algumas explicações, o que se vai passar, ou as
alternativas de cancelamento, e informar o porque das televisões não querem
assumir a transmissão, é um direito que todos nós temos de saber, por isso
deixo a pergunta, Sim ou não, eis a questão?
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