Ciclista português chega à ‘corsa rosa' depois de uma grande época, a primeira no WorldTour, e rodeado por uma "boa equipa" da Deceuninck-QuickStep.
O português João Almeida
(Deceuninck-Quick Step) vai estrear-se no sábado em grandes Voltas, na 103.ª
edição do Giro de Itália, sem grandes expectativas, mas o sonho de vencer a
classificação da juventude, como contou à Lusa.
"Claro que gostava de
ganhar a camisola branca. É uma corrida de três semanas, nunca o fiz, e temos
uma equipa bastante forte. Não temos muita pressão. Gostava de vestir a
camisola branca, nem é preciso ganhá-la. Já seria bom", atira, já em
Itália a contar as horas para a estreia, num contrarrelógio em Palermo que dá
início a uma prova de 21 etapas, até outro ‘crono', em Milão, dia 25.
Chega à ‘corsa rosa' depois de
uma grande época, a primeira no WorldTour, e rodeado por uma "boa
equipa" da Deceuninck-QuickStep, com outros jovens valores, e sem objetivo
"específico".
"A minha expectativa não
é muito alta. Só quero dar o meu melhor. Depois vamos vendo, dia a dia, como é
que me sinto", atira.
Em 2020, admite que tem sido
"bastante regular", e os bons resultados "dão mais
confiança", numa época em que fez ‘top-10' na Volta ao Algarve, com um
nono lugar e segundo na juventude, atrás do colega de equipa belga Remco
Evenepoel, que venceu a ‘Algarvia' e repetiu a façanha na Volta a Burgos, que o
português acabou em terceiro.
Evenepoel é o grande ausente
do Giro em 2020, após uma queda violenta na Volta à Lombardia, que Almeida
também abandonou, mas o luso continuou a assegurar bons resultados, como a
vitória na classificação jovem do Tour de l'Ain, e o sétimo lugar da geral
final, ou o terceiro lugar na Semana Internacional Coppi e Bartali.
Antes, em 18 de agosto, ficou
muito perto de vencer no Giro dell'Emilia, mas acabou por terminar em segundo
lugar atrás do russo Alexander Vlasov, ainda assim apresentando-se no Giro em
forma.
Contra o jovem de 22 anos das
Caldas da Rainha corre a inexperiência em provas de três semanas, bem como a
extensão "bastante longa" de várias etapas, sobretudo na última
semana.
Almeida admite que até pode
"vir a trabalhar para os colegas todos os dias e não obter grandes
resultados". "É uma questão de conhecer o meu corpo em três
semanas", confessa.
A 103.ª edição da Volta a
Itália em bicicleta arranca no sábado, com um contrarrelógio em Palermo,
terminando em 25 de outubro em Milão, em novo ‘crono', ao cabo de 21 etapas e
um total de 3.497,9 quilómetros.
Além de João Almeida, também
Ruben Guerreiro vai marcar presença na prova, ao serviço da norte-americana
Education First, compondo o duo de portugueses entre os inscritos.
Fonte: Sapo on-line
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