Britânico da Arkéa-Samsic foi segundo na chegada a Viseu e hoje venceu em Águeda
Por: Lusa
Foto: Federação Portuguesa de
Ciclismo
Daniel McLay é o melhor 'sprinter'
da edição especial da Volta a Portugal em bicicleta, depois de esta sexta-feia
ter confirmado, com a vitória na quinta etapa, a superioridade sugerida há dois
dias em Viseu.
Se, na terceira etapa, a sua
Arkéa-Samsic despertou demasiado tarde para 'apanhar' Oier Lazkano e o
britânico teve de contentar-se com o segundo lugar, na frente do pelotão, hoje,
a equipa francesa trabalhou exemplarmente para colocá-lo, sendo recompensada
com o primeiro triunfo de McLay esta temporada.
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"Estou muito feliz. É
sempre uma sensação incrível quando vencemos, especialmente pela maneira como a
equipa correu, era impossível fazerem melhor. Só posso agradecer-lhes. Só tive
de fazer [sozinho] 120 metros", reconheceu o 'sprinter' de 28 anos, que
nas duas épocas anteriores representou a Education First e que chegou a estar
na Volta a França, como corredor da Fortuneo.
Contudo, os motivos de
interesse da quinta etapa começaram muito antes de a partida ser dada, em
Oliveira do Hospital, para os 176,3 quilómetros até Águeda, quando o colégio de
comissários se reuniu para 'decretar' a aplicação de uma penalização de 20
segundos na geral individual a Joni Brandão, por abastecimento irregular, na
tirada da Torre, que o ciclista de Travanca venceu.
A manhã de pesadelo do chefe
de fila da Efapel, que desceu ao quinto lugar, a distantes 01:37 minutos de
Amaro Antunes (W52-FC Porto), não terminaria aí, com Brandão a escorregar no
piso molhado do 'pódio' improvisado -- as condições atmosféricas no alto da
Torre impediram a festa de consagração dos vencedores no final da tarde de
quinta-feira - e a cair com aparato, mas sem gravidade.
Os azares do vice-campeão das
últimas duas edições da Volta a Portugal 'ofuscaram' a aventura de Héctor Sáez
(Caja Rural-Seguros RGA), Mauro Finetto (Nippo Delko Provence), Anthony
Delaplace (Team Arkéa-Samsic), Fábio Costa (Kelly-Simoldes-UDO) e Hugo Sancho
(Miranda-Mortágua), que se lançaram para a frente da corrida aos 49 quilómetros
e dispuseram de uma vantagem máxima de 03.30 minutos.
O quinteto foi perseguido por
Burgos-BH e W52-FC Porto, que tomaram a dianteira de um pelotão alongado pela
força do vento, uma presença constante durante uma etapa tipicamente outonal,
com rajadas de 35 km/h em alguns troços do percurso.
Foi já nos últimos 18
quilómetros que os fugitivos foram alcançados e a formação francesa 'montou' o
'comboio' para McLay, que num intrincado final nas ruas de Águeda, não
totalmente plano, levou a melhor sobre o venezuelano Leangel Linarez
(Miranda-Mortágua) e o italiano Riccaro Minali (Nippo Delko Provence),
respetivamente segundo e terceiro na etapa.
O momento feliz do britânico
da Arkéa-Samsic teve, contudo, um final atribulado, com a organização, uma vez
mais, a complicar o momento das declarações do vencedor aos jornalistas, com o pretexto
da pandemia da covid-19, levando mesmo McLay a desesperar e a abandonar a
'conferência de imprensa', antes de reconsiderar e voltar para manifestar o seu
contentamento.
Com as mesmas 04:14.46 horas
do vencedor chegou Amaro Antunes (W52-FC Porto), que manteve os 13 segundos da
vantagem sobre Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) e os
01.13 sobre o seu companheiro Gustavo Veloso, na véspera da ligação de 155
quilómetros entre Caldas da Rainha e Torres Vedras, ponto final da sexta etapa.
Fonte: Record on-line
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