Daniel McLay impõe lei do mais rápido em Águeda
Por: José Carlos Gomes
O britânico Daniel McLay (Team Arkéa-Samsic) venceu hoje, em
Águeda, a quinta etapa da Volta a Portugal Edição Especial Jogos Santa Casa,
uma viagem de 176,3 quilómetros, iniciada em Oliveira do Hospital. Amaro
Antunes (W52-FC Porto) continua vestido de amarelo.
Como se previa, a tirada decidiu-se entre os corredores mais velozes do pelotão, num animado sprint, na sempre exigente chegada, em subida, a Águeda. A Team Arkéa-Samsic, que se apresentou na Volta a Portugal com o objetivo de vencer etapas através de McLay, fez um excelente trabalho nos quilómetros finais, lançando o número um da equipa para a vitória.
Daniel McLay não deu a menor hipótese à concorrência, arrancando
no momento certo, a 100 metros do risco, para um triunfo autoritário. O
venezuelano Leangel Linarez (Miranda-Mortágua) foi o segundo classificado e o
italiano Riccardo Minali (Nippo Delko Provence) fechou o pódio da jornada. O
pelotão principal cumpriu a etapa em 4h14m46s, à média de 41,520 km/h.
“É difícil controlar a corrida, mas a equipa esteve excelente e levou-me até aos 150 metros finais. Só tive de finalizar o trabalho. Vamos continuar a trabalhar para tentar ganhar nos próximos dias. Na equipa temos três homens muito rápidos, com possibilidade de vencer”, afirmou o primeiro classificado do dia.
A classificação geral individual manteve-se inalterada. Amaro
Antunes continua com a Camisola Amarela Jogos Santa Casa no corpo, com menos 13
segundos do que Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) e
menos 1m13s do que Gustavo César Veloso (W52-FC Porto), que ocupam os lugares
imediatos. No alinhamento da geral, os chefes-de-fila da Efapel, Joni Brandão e
António Carvalho, foram penalizados em 20 segundos por terem recebido
abastecimento irregular na etapa de ontem. Joni Brandão é agora quinto
classificado e António Carvalho oitavo.
“Hoje foi um dia de muita cautela. Os nossos homens rápidos
fizeram um trabalho soberbo para me protegerem, porque o vento estava terrível.
Daqui para a frente, há que ir dia a dia, procurando fugir aos azares. Os
adversários vão querer atacar-nos. Nós, coesos e confiantes, jogaremos as
nossas cartadas quando assim tiver de ser”, promete Amaro Antunes.
A fuga do dia, iniciada com cerca de metade da etapa, juntou na dianteira Héctor Sáez (Caja Rural-Seguros RGA), Mauro Finetto (Nippo Delko Provence), Anthony Delaplace (Team Arkéa-Samsic), Fábio Costa (Kelly-Simoldes-UDO) e Hugo Sancho (Miranda-Mortágua). Foi uma iniciativa que não interveio nas contas da geral nem sequer das outras classificações. Chegou a ter mais de 3 minutos de vantagem, mas não resistiu à perseguição movida pelas equipas interessadas numa chegada em grupo.
Antes do protagonismo ter sido entregue aos velocistas já um
corredor festejara durante a etapa. Hugo Nunes (Rádio Popular-Boavista)
conquistou o estatuto de virtual vencedor da Camisola Branca e Vermelha
Fidelidade, símbolo de melhor trepador. Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO)
continua em posse da Camisola Vermelha Cofidis, dos pontos, embora sem a
garantia matemática de conquista da classificação. Simon Carr (Nippo Delko
Provence) enverga mais um dia a Camisola Branca IPDJ, de melhor jovem. Por
equipas comanda a W52-FC Porto.
A sexta etapa, neste sábado, celebra o 50.º aniversário da
primeira vitória de Joaquim Agostinho na Volta a Portugal. É uma ligação de 155
quilómetros, entre Caldas da Rainha e Torres Vedras. Prevê-se mais uma
oportunidade para sprinters, numa jornada em que o vento pode ser aliado das
equipas que pretendam surpreender as rivais.
Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo
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