Joaquim
Gomes congratulou-se hoje pela capacidade demonstrada pela organização para
solucionar problemas na 80.ª Volta a Portugal em bicicleta, lamentando apenas a
falta de réplica dos adversários a Raúl Alarcón.
“Entre
01 de agosto e hoje, muitas coisas aconteceram, desde as altas temperaturas,
até às dúvidas que pairaram relativamente a questões de dopagem. Julgo que
soubemos lidar com todas, independentemente dos estilhaços que possam acontecer
para o futuro”, vincou o diretor da Volta a Portugal.
Na
hora da despedida de mais uma edição, a 80.ª, Joaquim Gomes assumiu que o
importante é “respirar de alívio, sabendo que o povo não regateou a sua
presença na Volta”, e que até encontrou um herói em Rui Vinhas (W52-FC Porto),
o vencedor da prova rainha do calendário nacional em 2016, que caiu na quinta
etapa e, apesar de visivelmente afetado, não desistiu.
“Rui
Vinhas mostrou ao povo que pode continuar a olhar para a Volta e para os seus
heróis e rever-se neles pela forma como se sacrificam, como caem e se levantam.
A Volta continua a ocupar um lugar muito especial no imaginário do povo
português”, notou.
O
diretor da prova lamentou apenas que, do ponto de vista desportivo, tenha
faltado “um pouco mais de réplica dos adversários” de Raúl Alarcón, o espanhol
da W52-FC Porto que hoje envergou pela segunda vez consecutiva a camisola
amarela final.
“Mas
isso é a história que eu não controlo. Já fiquei bastante satisfeito por terem
conseguido ultrapassar as temperaturas extremas, as quedas sem desistir. Os
portistas estão aqui todos, os sportinguistas também foram acarinhados. Há uma
mancha amarela da Efapel que impressiona, o Louletano venceu três etapas. Todos
estão de parabéns”, enumerou.
Concluída
a 80.ª edição, Gomes levantou o véu sobre a próxima, admitindo que os contratos
plurianuais com municípios, que eram transversais aos mandatos autárquicos e
que foram a realidade da prova nos últimos anos, vão ser reduzidos.
“Vamos
fazer com que os municípios, que se repetem com muita regularidade todos os
anos, possam ter presenças mais separadas. Lisboa, a capital do país, esteve de
fora e deu lugar a Fafe. A Volta a Portugal promove a descentralização desde
1927 e pretendemos continuar a fazê-lo. Castelo Branco teve 20 e tal presenças
consecutivas e saiu. Abandonámos o nordeste transmontano, com Bragança e Macedo
de Cavaleiros, para dar lugar ao Alentejo e ao Algarve”, recordou.
O
‘rosto’ da Volta avançou que a organização vai procurar que todas as regiões do
país, “com uma periodicidade inferior a dois, três anos”, possam repetir a
presença no percurso. “Mas isso vai dar muito trabalho”, concluiu.
Fonte:
Sapo on-line
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