Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Toda a carreira de Geraint
Thomas esteve ligada à Team Sky, hoje INEOS Grenadiers, onde correu até este
ano. Agora é diretor desportivo da equipa, mas recorda os primeiros anos,
quando o projeto disparou para o topo da modalidade.
O galês tornou-se profissional
em 2007 e integrou a recém-criada Team Sky em 2010, ao lado de Chris Froome e
Bradley Wiggins. Não participou na primeira vitória da equipa na Volta a
França, mas esteve presente em 2013, 2015, 2016 e 2017 - os quatro triunfos de
Chris Froome - antes de alcançar o seu próprio êxito em 2018.
Mas quando a equipa surgiu,
com a metodologia dos “ganhos marginais”, recebeu muitos olhares de soslaio.
“Muita gente não gostava de nós: equipa nova, muito dinheiro, grandes
discursos, não vínhamos de um país tradicional do ciclismo… Tínhamos rolos para
aquecer e mais ninguém tinha”, sublinhou Thomas em declarações ao L'Équipe.
“Toda a gente olhava para nós
e dizia: ‘Quem raio são estes tipos? Vocês, miúdos, não pertencem aqui.’ E
depois ganhámos”. O sucesso estendeu-se por toda a década de 2010, com Froome a
vencer também a Volta a Espanha e a Volta a Itália; e com Egan Bernal a
conquistar a Volta a França de 2019, a última do decénio e o último ano antes
da ascensão da nova geração de trepadores como Tadej Pogacar e Jonas
Vingegaard.
Vitória
na Volta a França de 2018
Ao longo dos anos, Thomas
mostrou capacidade em corridas por etapas, mas nunca tinha conseguido entrar no
Top 10 de uma Grande Volta, em parte pelos papéis de apoio, em parte por
quedas. A primeira foi logo uma vitória geral na Volta a França, feito que marcou
a sua carreira.
“Às vezes inventava histórias
na minha cabeça. Em 2019, mesmo sem o ter ouvido, pensei: ‘As pessoas
provavelmente acham que a minha vitória no Tour de 2018 foi um acaso.’ Isso só
me motivou mais”. Em 2019 foi segundo, atrás de Bernal, e mesmo nos últimos
anos de carreira, o veterano manteve-se a um nível muito alto.
Em 2022 subiu ao pódio da
Volta a França com Pogacar e Vingegaard; em 2023 levou a camisola rosa até ao
contrarrelógio final no Monte Lussari, mas perdeu-a para Primoz Roglic; e em
2024 voltou a terminar no pódio da Volta a Itália. Correu a Volta a França de
2025 sabendo que seria a sua última, mas não o seu último vínculo à equipa
britânica.
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