Formação terá ainda um plantel renovado, mantendo apenas um ciclista do ano anterior e integrando 10 novas contratações, para já ainda 'secretas'
Por: Lusa
Foto: Carlos Gonçalves
José Santos, o mais antigo
diretor desportivo do pelotão, vai transitar para o cargo de manager da nova
Feira dos Sofás-Boavista Cycling Team, um "projeto novo e diferente"
que contratou 10 ciclistas e voltará às roupagens axadrezadas.
Depois de 39 anos como diretor
desportivo da estrutura, José Santos será substituído nesta função pelo antigo
ciclista André Cardoso, assumindo "uma responsabilidade acrescida para um
projeto diferente de anos anteriores".
"Este ano há um
desiderato novo na equipa. É uma situação que foi devidamente analisada. Está
um projeto novo, diferente, em que é necessário haver uma maior interação com
todas as dinâmicas da equipa", analisou o 'Professor'.
O decano dos diretores
desportivos do ciclismo mundial, que desempenhava este cargo desde 1986,
ressalvou, no entanto, à agência Lusa que não vai dizer "adeus à direção
desportiva", já que continuará como manager.
"Só que há uma situação
diferente. Vamos ver como é que as coisas correm. É uma situação que para mim é
mais cómoda, mas mais responsável também", pontuou.
Patrocinada desde 2013 pela
Rádio Popular, a equipa atualmente designada Rádio Popular-Paredes-Boavista
terá um novo patrocinador e também um novo nome, numa alteração que incluirá
uma renovação profunda da imagem e identidade visual da equipa, com o regresso
do preto e branco, do xadrez e da pantera.
A Feira dos Sofás-Boavista
terá ainda um plantel renovado, mantendo apenas um ciclista do ano anterior e
integrando 10 novas contratações, para já ainda 'secretas'.
"Numa primeira fase,
talvez, [será] mais ambicioso do ponto de vista de cimentação deste projeto. É
o ano zero, para que no futuro possa, de facto, vir a ser também um grande
projeto, diferente, cada vez mais forte. É esse o nosso objetivo", definiu
José Santos.
Sobre o facto de ter sido
diretor desportivo dos axadrezados durante quase 40 anos, mostrou-se orgulhoso,
embora tenha notado que, em Portugal, "ninguém ligou a isso".
"Qualquer ser humano anda
sempre à procura de recordes, mas eu de facto não estou aqui para bater
recordes", garantiu.
Santos congratulou-se por ter
comandado uma estrutura que ao longo de quatro décadas prestigiou o ciclismo
português.
"Teve fases mais altas,
fases mais baixas, [mas] nunca foi uma equipa que esteve no fundo da tabela.
Foi sempre uma equipa que esteve do meio da tabela para cima, e que teve
períodos áureos, até a nível internacional. Penso que o Boavista talvez tenha
sido a equipa portuguesa que mais correu ao nível internacional",
concluiu.
Fonte: Record on-line

Sem comentários:
Enviar um comentário