segunda-feira, 29 de setembro de 2025

"Um novo duelo no domingo? Com Jonas Vingegaard e João Almeida também" Os 4 magníficos enfrentam-se no Campeonato da Europa 2025 e há contas para ajustar...”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

O Campeonato do Mundo em Kigali prometia um duelo da década entre Tadej Pogacar e Remco Evenepoel, mas o combate nunca se materializou realmente. Pogacar conquistou a sua segunda camisola arco-íris, enquanto Evenepoel lutou tanto contra a adversidade como contra os adversários, sendo forçado a fazer duas trocas de bicicletas prejudiciais. Os comentadores belgas Karl Vannieuwkerke e José De Cauwer acreditam que o resultado deixa assuntos pendentes para o Campeonato da Europa de domingo em França.

Apesar de meses de debate sobre o percurso ruandês, Vannieuwkerke sentiu que os organizadores silenciaram os duvidosos. "Foi dito muito acerca deste traçado, mas o Ruanda cumpriu totalmente as expectativas", disse ele na análise pós-corrida da dupla para a Sporza. De Cauwer concordou com ele: "Este tinha de ser um Mundial para os trepadores, e foi precisamente isso que aconteceu".

Ainda assim, Evenepoel conquistou a prata, que De Cauwer foi rápido a defender. "O Remco terminar em segundo é um grande feito. Não devemos menosprezar isso, ele deve estar contente após uma performance tão forte". No entanto, ambos os analistas concordaram que a maneira como a corrida aconteceu deixou espaço para frustração.

 

Os momentos decisivos

 

O primeiro ponto de viragem aconteceu no Monte Kigali, onde o ataque de Pogacar coincidiu com os problemas de selim de Evenepoel. "Essa subida foi crucial", explicou Vannieuwkerke. "Pogacar atacou, e Remco perdeu contacto".

Mas De Cauwer descartou especulações sobre o que poderia ter acontecido: "Esse ‘suponhamos’ é demais. O que realmente importou veio depois. Essa segunda troca de bicicleta nunca deveria ter acontecido. Não se pode desculpar, nem mesmo a nível amador".

Na íngreme subida de Kimihurura, Evenepoel foi forçado a esperar enquanto o caos acontecia atrás. "Ele sabia que teria de parar lá, porque o carro de apoio simplesmente não consegue passar quando a corrida se desintegra", apontou De Cauwer. "Foi nesse ponto que a corrida se perdeu. Ele perdeu 42 segundos enquanto estava parado".

Vannieuwkerke sugeriu que a frustração ofuscou o julgamento do belga. "Havia um elemento de desilusão naquela segunda troca que o impediu de pensar claramente?" perguntou. De Cauwer ripostou afirmativamente: "Sim. Normalmente, Remco brilha quando tudo corre a seu favor, mas talvez ele estivesse a perguntar-se: como pôde isto acontecer-me?"

 

Oportunidades perdidas

 

Houve outros momentos determinantes. A queda de Ilan Van Wilder, que, se estivesse no grupo, poderia ter sido uma salvação. "Ele poderia ter dado a sua bicicleta ao Remco?", questionou Vannieuwkerke. "Sem dúvida", respondeu De Cauwer. "Tenho dito todo o ano que o Ilan deveria estar sempre ali com uma reserva. Ele era o segundo da fila e sentimos a sua falta. Isto teria mudado o resultado? Difícil dizer".

Contudo, o quadro geral era claro: Pogacar mostrou-se novamente imperturbável. "Mesmo sozinho, ele não entrou em pânico", disse De Cauwer. "Ele poderia ter duvidado de si mesmo, mas em vez disso geriu a situação perfeitamente. Isso é a marca do ciclista mais forte do mundo".

 

Um novo confronto aproxima-se

 

Atenção agora volta-se para o Campeonato Europeu. A distinção pode não ter o prestígio de um título Mundial, mas o alinhamento é ainda mais feroz. "Talvez haja um novo confronto no domingo?" diz Vannieuwkerke com intriga. "Este pode não ter o prestígio do Mundial, mas o pelotão é ainda mais forte com Jonas Vingegaard e Joao Almeida também presentes".

De Cauwer, no entanto, olha mais à frente. "Talvez a verdadeira contenda aconteça na Lombardia uma semana depois", perspetivou. "Mas por agora, Pogacar mostrou novamente que é o homem a bater".

Para Evenepoel, a prata em Kigali foi tanto um consolo como uma oportunidade perdida. Domingo em França oferece a chance de corrigir isso, mas com Pogacar imparável e novos desafiantes em jogo, pode ser uma subida ainda mais íngreme.

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