Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
O enredo em torno de David
Rozman, chefe da INEOS Grenadiers, ganhou novos contornos à medida que surgem
detalhes sobre alegadas ligações do esloveno a casos de doping. Há novas
investigações que apontam ao nome de David Rozman, que também colaborou com Sir
Dave Brailsford no Manchester United em 2024, numa fase em que a equipa inglesa
tentava reorganizar-se sob a nova gestão de Sir Jim Ratcliffe.
Ratcliffe, proprietário da
INEOS, assumiu a gestão diária do clube no início de 2024 e rapidamente chamou
Brailsford da equipa de ciclismo para tentar resolver os problemas estruturais
do United. Agora, segundo o The Times e o The Guardian, ficou a saber-se que
Rozman também participou nesta transição, facto que está sob grande escrutínio
devido às recentes suspeitas por uso de substâncias dopantes.
Uma investigação realizada
agora pelo Irish Independent, liga Rozman ao Dr. Mark Schmidt, figura central
do escândalo Aderlass, que abalou o desporto internacional. As investigações
revelam que, em 2012, Rozman trocou várias mensagens com Schmidt, incluindo uma
em que questionava se o médico possuía “o material utilizado na Milram”, equipa
alemã implicada num caso de doping em 2007.
Inicialmente em silêncio, a
INEOS acabou por reagir, emitindo um comunicado no qual garante ter solicitado
à Agência Internacional de Testes (ITA) toda a informação relevante,
reafirmando a política de “tolerância zero” a qualquer violação, passada ou presente,
dos códigos da WADA.
Entretanto, durante a Volta a
França 2025, Rozman foi afastado das operações da equipa no terreno. Num
comunicado, a INEOS esclareceu que o esloveno recebeu um pedido formal para uma
entrevista com a ITA, motivo pelo qual decidiu abandonar temporariamente as
suas funções na corrida.
As investigações indicam que o
papel de Rozman no Manchester United se limitaram a quatro semanas de trabalho
com os fisioterapeutas da equipa, num programa rotativo que permite a
funcionários da INEOS experiências em diferentes modalidades. Tudo aponta para
que a presença de Rozman tenha sido apenas em regime de estágio, sem vínculo
formal ao clube.
Importa sublinhar que essa
passagem pelo futebol ocorreu antes de qualquer acusação pública contra o
responsável da equipa de ciclismo. Até ao momento, a INEOS não comentou estas
novas revelações que voltam a lançar dúvidas sobre o futuro de Rozman.
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