O corredor de A-dos-Francos tornou-se hoje o primeiro português a conquistar uma tirada na prova francesa, uma das corridas por etapas mais importantes do calendário internacional.
João Almeida acredita que pode
ganhar o Paris-Nice, depois de ter vencido a quarta etapa da prova francesa,
algo que deixou o ciclista português da UAE Emirates “muito feliz”.
“Acho que posso [conquistar o
Paris-Nice], mas não depende só de mim. A minha forma é boa, sinto-me bem e
estou preparado para mostrar quem é o João Almeida”, reconheceu em declarações
à Eurosport, após ter vencido a quarta etapa.
O corredor de A-dos-Francos
tornou-se hoje o primeiro português a conquistar uma tirada na prova francesa,
uma das corridas por etapas mais importantes do calendário internacional, sendo
o melhor no final dos 163,4 quilómetros entre Vichy e o alto de La Loge des
Gardes, que cumpriu em 03:37.06 horas.
Para somar o 14.º triunfo da
carreira, primeiro da temporada, o luso de 26 anos anulou um ataque de Jonas
Vingegaard (Visma-Lease a Bike), que foi segundo a um segundo, com o também
dinamarquês Mattias Skjelmose (Lidl-Trek) a ser terceiro, a dois segundos.
“Estou muito feliz. Foi um dia
duro, com muita coisa a acontecer. Tivemos neve, mas nunca desistimos e acho
que merecemos”, afirmou.
Numa jornada particularmente
difícil em termos de condições meteorológicas da ‘Corrida ao Sol’, que chegou a
estar interrompida devido à queda de granizo e que foi retomada a 28,8
quilómetros da meta, com as mesmas diferenças registadas aquando da paragem,
Almeida protagonizou uma das suas já famosas recuperações, ‘apanhando’
Vingegaard a apenas 50 metros da meta.
“Não estava na melhor posição
quando o Jonas atacou, mas dei o meu melhor”, resumiu.
O campeão da última Volta ao
Algarve atacou a 2,5 quilómetros do alto e ‘libertou-se’ de qualquer companhia
a 2.000 metros da meta, parecendo lançado para um triunfo que o resiliente
português lhe ‘roubou’.
“Estava a sentir-me muito bem,
para ser honesto. Não sou o tipo de ciclista que se dá bem com o frio. Sofri um
pouco com isso, mas nunca desisti. A subida não era suficientemente inclinada,
por isso foi difícil reduzir o grupo”, analisou.
Após a quarta etapa, Almeida
subiu a quinto da geral, a 37 segundos do dinamarquês da Visma-Lease a Bike,
depois de na véspera a UAE Emirates ter vivido uma jornada negativa no
contrarrelógio por equipas – perderam 41 segundos para a equipa do líder
“Ontem [terça-feira], não foi
o nosso dia, tivemos alguns percalços. Ontem foi ontem. Hoje, foi uma nova
oportunidade. Retirei coisas positivas de ontem, dia em que me senti muito bem.
Perdemos como equipa e ganhamos como equipa, e merecemos [a vitória] hoje”,
defendeu.
Fonte: Sapo on-line
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