O uruguaio de 29 anos esteve seis meses parado, após ter desistido da Volta a Portugal
Por: Lusa
Foto: Nuno Veiga
A adaptação de Mauricio
Moreira à Efapel foi “mais fácil” do que o ciclista uruguaio esperava, com o
campeão da Volta2022 a sonhar com repetir o triunfo na prova esta época, após
duas edições para ‘esquecer’.
“Para já, está a correr tudo
bem. Sinto-me bem com a nova equipa, com os colegas, o staff. Senti-me bem
recebido. Identifico-me muito com a forma deles trabalharem. Acho que estou a
adaptar-me bem e é mútuo”, descreveu, em declarações à agência Lusa.
Vencedor da Volta2022 e
segundo classificado da edição de 2021, atrás de Amaro Antunes, entretanto
desclassificado, Mauricio Moreira mudou-se este ano para a Efapel, depois de
ter passado quatro temporadas na agora denominada Anicolor-Tien21.
“A adaptação à nova equipa foi
mais fácil do que eu pensava. Foram muitos anos na mesma estrutura. Uma mudança
é sempre difícil, mas, neste caso, está a correr tudo bem e espero que continue
assim”, reconheceu.
O uruguaio de 29 anos esteve
seis meses parado, após ter desistido da Volta a Portugal e ter rescindido
contrato por mútuo acordo com a sua anterior equipa, num ‘divórcio’ polémico, e
procura agora recuperar o ‘andamento’ perdido, depois de demasiado tempo sem
competir.
“Manter o foco, manter o
treino durante tanto tempo sem competir é difícil. Sei que vou, de alguma
maneira, pagar agora nas primeiras corridas, porque falta-me muito ritmo. Não é
fácil transferir os números do treino para a competição, mas como já sei, e a
equipa concorda e apoia, as primeiras corridas são para ganhar ritmo e ganhar a
dinâmica de competição”, defendeu.
Depois de inaugurar a
temporada na Prova de Abertura, ‘Mauri’ não alinhou em mais nenhuma corrida até
chegar a este O Gran Camiño, onde andou em fuga na primeira etapa, a do
‘caminho’ português entre a Maia e Matosinhos, com a missão de apurar a forma
para o seu grande objetivo de 2025, o de vencer a Volta a Portugal.
“Tenho o sonho de ganhar a
segunda vez e acredito que é possível. Apesar de ter corrido mal os últimos
anos, acho que posso voltar a triunfar e é para isso que vamos trabalhar”,
prometeu.
Grande dominador do panorama
velocipédico nacional nas suas primeiras três épocas em Portugal, Moreira tem
agora o seu antigo companheiro russo Artem Nych como grande adversário –
curiosamente, os dois únicos vencedores da Volta a Portugal no ativo estiveram
juntos na fuga da primeira etapa da quarta edição da prova galega, naquela que
pode ser uma antecipação da rivalidade que vai marcar 2025.
“O bloco da Anicolor, como
outros blocos do pelotão nacional, têm-se reforçado muito, com ciclistas muito
bons, e isso logicamente vai ser um osso difícil de roer, mas também acredito
na minha equipa, acredito nos meus colegas e, se não for eu [a ganhar a Volta],
também tenho colegas que estão muito fortes e acho que podemos fazer um bom
papel”, pontuou.
Além da vitória na Volta2022,
prova da qual desistiu no ano passado depois de ter desmaiado durante a quarta
etapa e em que foi 30.º em 2023, o agora corredor da Efapel tem no palmarés o
Troféu Joaquim Agostinho (2023), o Grande Prémio O Jogo (2023), o GP Jornal de
Notícias (2022), o GP Anicolor (2022), a Volta ao Alentejo (2021) e o GP Douro
Internacional (2021).
Antes de chegar a Portugal, o
uruguaio representou a Caja Rural (2018 e 2019) e a equipa de clube Vigo-Rias
Baixas.
Fonte: Sapo on-line
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