Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Richard Plugge é o principal
responsável pelo projeto "One Cycling", um formato para organizar o
ciclismo de uma forma completamente diferente, com o objetivo de tornar a
modalidade mais atractiva e criar mais oportunidades para todos os envolvidos.
Em declarações recentes, explicou um dos factores mais importantes por detrás
do projeto, que é a intenção de ter os grandes nomes a competir uns contra os
outros com mais frequência, dar mais exposição à modalidade e criar estrelas e
atratividade.
O neerlandês, também patrão da
Team Visma | Lease a Bike, dá o exemplo de como nos Países Baixos o ciclismo,
apesar de ser um desporto muito popular, não tem comparação com a popularidade
do futebol, por exemplo. "Na altura, Joop Zoetemelk não podia andar na
rua. Já não é esse o caso. Tom Dumoulin pode andar facilmente pelo centro da
cidade de Amesterdão, tal como Dylan Groenewegen", argumenta Plugge numa
entrevista ao Wielerflits. "Um ou dois pensarão: 'ei, ali está ele'. Mas
mais ninguém os reconhece. É esse o problema do ciclismo. Precisamos de
trabalhar nesse sentido".
Plugge está a liderar um
projeto que, entre outras coisas, procura criar um calendário de corridas de
topo mais interligado, alterar os formatos das corridas para as tornar mais
atractivas para os fãs na estrada e convencer os ciclistas a participar em mais
corridas de topo. O projeto depara-se com alguns desafios e também com alguma
resistência devido aos laços com a Arábia Saudita, que está por detrás de parte
da parte financeira.
Se isto vai avançar ou não, é
algo que deverá tornar-se mais claro em 2025, e Plugge divide a sua atenção
entre ambos os projectos. Mais uma vez, reitera o que considera ser a
importância da criação de uma "liga" deste género.
"Fazendo com que corram
uns contra os outros com mais frequência. Fazendo-os competir mais vezes uns
contra os outros de uma forma reconhecível. E não em séries pouco claras e
competições pouco claras, que fazem com que estejam menos vezes presentes em
sítios diferentes. É essa a minha visão", pormenoriza.
Não se trata de um conceito
complicado, mas sim de um conceito que visa aumentar o número de combates entre
os melhores ciclistas ao longo do ano. Um bom exemplo é o facto de Jonas
Vingegaard e Tadej Pogacar terem corrido um contra o outro na Volta a França da
época passada e não se terem encontrado em mais nenhuma ocasião ao longo do
ano.
"Para competir com esses
outros desportos, temos de pôr o Mathieu a correr mais vezes contra o Wout. E o
Tadej Pogacar mais vezes contra o Jonas Vingegaard", diz. "Podia
continuar com uma lista destas. Eles deviam competir uns contra os outros com
muito mais frequência".
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