O pentacampeão do Tour de França analisa a situação atual de seu desporto e dá seu favorito para vencer a corrida francesa
Foto: EFE
Miguel Indurain, cinco vezes vencedor
da Volta a França, considera Tadej Pogacar como o principal favorito para
vencer a próxima edição da prova francesa "pela força, pela equipa e pela
motivação".
Miguel Indurain, cinco vezes
vencedor da Volta a França, considera Tadej Pogacar como o principal favorito
para vencer a próxima edição da prova francesa "pela força, pela equipa e
pela motivação".
"Ele sai como favorito,
embora no ano passado (Jonas) Vingegaard também tenha saído como favorito
porque havia vencido no ano anterior e sua época no Itzulia foi interrompida
por um acidente", lembrou o navarro numa aparição perante os mídia durante
um dos atos de homenagem ao lendário Jesús Loroño que está sendo realizado
neste fim de semana em Bilbao.
Para Miguel Indurain, ser o
vencedor da última edição do Tour de França, como no caso do esloveno,
"coloca-o como favorito para a próxima", embora tenha esclarecido que
esta condição "tem de ser mostrada todos os dias" e numa temporada
"há muita tensão" nas provas e também pode haver quedas ou lesões.
Pogacar é forte, tem uma boa
equipa, tem moral e é jovem
“Ele é forte, tem uma boa
equipa, tem moral e é jovem, mas a cada ano as corridas são completamente
diferentes", disse a lenda do ciclismo, que valorizou muito positivamente
a presença no pelotão de jovens ciclistas espanhóis como Juan Ayuso, Carlos
Rodríguez ou Pablo Torres.
As novas pérolas do ciclismo
espanhol
"Há jovens que têm batido
forte e que também não precisam correr em seleções nacionais, não têm medo de
fazer isso fora, o que acontece é que existem bons rivais e muitos vencedores,
hoje em dia o que conta é ganhar e se não ganhares, se fizeres uma boa posição,
talvez não lhe dês a importância que lhe foi dada antes", refletiu.
Há jovens que vêm batendo
forte e não têm medo de correr para fora
O que está faltando é um
vencedor e isso é difícil, em todos os desportos, vencer é muito difícil e no
ciclismo também, existe muita rivalidade, existem muitos ciclistas que tentam
ganhar provas, mas tudo é muito controlado, existe muita informação e não há a
liberdade que havia antes de fazer escapadelas, mas é o que é e você tem que se
adaptar", acrescentou Miguel Indurain.
Ele também destacou que,
embora pessoalmente goste de "etapas mais longas e subidas míticas",
tenta acompanhar sobretudo através dos mídia "os grandes testes" de
um ciclismo "muito mais explosivo" do que aquele que correu no final
dos anos 80 e início dos anos 90 do século passado.
"Gostei das três semanas
e das etapas longas, agora há outros shows, etapas mais curtas e subidas muito
difíceis, tudo muda e evolui, na época de Loroño era um ciclismo, no meu outro,
e atualmente agora outro, e no futuro também mudará, já que o ciclista tem de se
adaptar ao que está disponível o tempo todo", concluiu Miguel Indurain.
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