Consagração da 84ª Volta a Portugal Continente -Santuário de Santa Luzia (Viana do Castelo)
Da esquerda para a direita: Txomin Juaristi (Euskaltel/Euskadi)- Vencedor do CRI e 3º da Geral Individual, Jaume Guardeno (Caja Rural/Seguros RGA) - Vencedor da Juventude/Jogos Santa Casa, Daniel Babor (Caja Rural/Seguros RGA)- Vencedor dos Pontos/GALP, César Fonte (Rádio Popular/Paredes/Boavista) - Vencedor da Montanha/Europcar, Colin Stussi (Team Vorarlberg)- Vencedor da Volta a Portugal/Continente, António Carvalho (ABTF Betão/Feirense)- 3º da Geral Individual e Prémio “Espírito de Sacrifício” e Frederico Figueiredo (Glassdrive/Q8/Anicolor)- Geral por Equipas
Com os atributos que os seus quase
100 anos de história lhe conferem, a Volta a Portugal em Bicicleta, com a mesma
paixão com que enriqueceu o imaginário daqueles que nos primórdios acompanhavam
a corrida pelos rádios de pilhas, continua a fazer vibrar de emoção os mais
jovens. No ano das 85 edições da “Portuguesa”,
ao longo de 12 dias, de 24 de julho a 4 de agosto, as estradas, as aldeias,
vilas e cidades lusitanas voltam a viver a magia da grande festa do desporto
nacional.
De Águeda, Capital da
Bicicleta, a Viseu, Cidade Europeia do Desporto 2024, renovando o dia de
descanso na Guarda, os ciclistas vão ter pela frente, nesta 85ª Volta a
Portugal Continente, um total de 1540,1 quilómetros, com 32 Prémios de Montanha
e 27 Metas Volantes. A edição de 2024 fica marcada pelo regresso de Águeda,
como início da prova, 37 anos depois da edição ganha por Manuel Cunha
(Sicasal/Torreense) em 1987.
A vila do Crato, marcando a passagem pelo Alentejo e Penedono, na sub-região do Douro, são as estreias absolutas desta edição da prova. Simbólica será a 2ª Etapa que, ligando Santarém a Lisboa (Marvila) evocará a memoria do Capitão Salgueiro Maia que liderou a coluna militar que saiu de Santarém para Lisboa em 1974, associando, desta forma, a 85ª Volta a Portugal às comemorações do Cinquentenário do 25 de Abril.
Com um início de prova
particularmente exigente, marcado pelo facto de a primeira, terceira e quarta
etapa terminarem em alto. A tirada inaugural assinala o regresso ao
Observatório de Vila Nova (Miranda do Corvo), no terceiro dia será a ascensão à
Torre e no dia seguinte, a anteceder o dia de descanso, o sempre temido final
no empedrado da Guarda. Será neste contexto que rapidamente vamos perceber quem
serão os principais protagonistas a assumir o lugar do suíço Colin Stussi, como
vencedor da 85ª edição da Volta a Portugal Continente.
Desde 1927, ano de início da “Portuguesa”, Bragança vai receber pela décima sétima vez o formato de chegada e partida de etapas, passando o testemunho a Boticas onde a seletiva subida à Aldeia de Torneiros marcará definitivamente a passagem pelas Terras do Barroso. A “rota do vinho verde”, está espelhada na tirada que liga Felgueiras a Paredes, com a “Capital do Móvel” a receber de novo uma chegada de etapa, vinte e oito anos depois da vitoria do Lituano Salius Sarkauskas da carismática Recer Boavista.
Do alto do Monte, o imponente
Santuário de Santa Luzia, em Viana do Castelo, vai “ver” a
partida da etapa mais longa da Volta a Portugal Continente. Com cerca de 182,4
quilómetros, da sala de visitas do Minho ao mítico empedrado da Praça 25 de
Abril em Fafe, onde perdura o record de Cândido Barbosa com quatro vitórias
(2003, 2005, 2007 e 2008) a etapa será a antecâmara do decisivo fim de semana.
A Maia, Cidade do Lidador,
será o palco de partida para a última etapa em linha, e, certamente uma das
mais exigentes da “Volta”. Com
as Serras do Marão e Alvão a endurecer a jornada até Mondim de Basto onde,
desde 1978, o mítico Santuário da Sr.ª da Graça receberá pela quadragésima
quinta vez a prova.
A Cidade de Viriato, há muito
que se constituiu como um dos mais importantes municípios da “Volta”. É nesse contexto que, Viseu
Cidade Europeia do Desporto 2024, irá acolher pela oitava vez o final da Volta
a Portugal, numa luta contra o cronómetro que, uma vez mais, terá epílogo na imponente
Avenida da Europa.
Sobre o vencedor da 85ª Volta
a Portugal Continente, importa saber se Colin Stussi, consegue igualar o feito
do último ciclista a vencer a prova em dois anos consecutivos, no caso Gustavo
Veloso que triunfou em 2014 e 2015 ou se haverá um novo vencedor, após os 26,6
quilómetros de esforço em solitário da tirada final na Cidade de Viseu.
RESUMO DA COMPETIÇÃO
24/07 -
Prólogo: Águeda - 5,6km
Passagem pelo Largo Dr.
António Breda aos 0,7km; Av. Calouste Gulbenkian aos 2,2 km; Rotunda do Gato
Preto ao km 3,5 e na Av. do Emigrante aos 4 km.
25/07 -
1ª Etapa: Anadia (Sangalhos) –
Miranda do Corvo (Observatório Vila Nova) - 158,2km Metas Volantes: 25 km–
Cantanhede; 49,3km – Montemor-o-Velho 86,2km – Condeixa-a-Nova; Prémios de Montanha:
133,6km(2ªcat.) –Senhor da Serra; 158,2km(1ªcat.) Miranda do Corvo (Observatório
Vila Nova)
26/07 -
2ª Etapa: Santarém – Lisboa
(Marvila) - 164,5km
Metas Volantes: 18,4km –
Cartaxo; 50,1km – Almeirim; 136 km – Vila Franca de Xira; Prémios de Montanha:
31,5km (4ª cat.) – Santarém - Monumento ao Capitão Salgueiro Maia;
27/07 -
3ª Etapa: Crato – Covilhã (Torre)
- 161,2km
Metas Volantes: 75,5km –
Castelo Branco; 121,2km – Fundão; 140,9km – Covilhã Prémios de Mon- tanha:
41,7km (3ª cat.) – Serra de S. Miguel; 64,6km (3ª cat.) – Serra das Olelas -
112,4km (3ª cat.) – Serra da Gardunha - 161,2km (Esp.) – Covilhã (Torre)
28/07 -
4ª Etapa:Sabugal – Guarda - 164,5km
Metas Volantes: 61,2km –
Penamacor; 105,8km – Belmonte; 130,6km – Meios - Capela de S. Sebastião Prémios
de Montanha: 25,8km (3 cat.) – Sortelha; 125,2km (2ª cat.) – Famalicão da
Serra; 141,6km (3ª categoria) – Guarda - 151,1km (3ª categoria) – Guarda -
164,5km (3ª categoria) – Guarda
29/07 - Dia de Descanso – Guarda - 17ª Edição da Etapa da Volta RTP - 85 km
O percurso tem aproximadamente
85 km. No final, há uma pitada de competição, com os últimos quilómetros
percorridos em “roda livre” e
os tempos na meta cronometrados. As principais subidas são ao Castro do Jarmelo
(não classificada), a passagem da Ribeira da Cabras junto a Porto Mourisco (4.ª
Categoria - 1,5 km a 6,5%), a passagem da Ribeira de João Antão (4.ª Categoria
- 2,8 km a 4%) e a famosa chegada à meta, na Guarda, (3.ª Categoria – 1,6 km a
8,8%).
30/07 -
5ª Etapa: Penedono – Bragança -
176,8km
Metas Volantes: 29,4km – Mêda;
118,7km – Macedo de Cavaleiros - Praça das Eiras; 160,7km – Bragança; Prémios
de Montanha: 25,2km (4ª cat.) Mêda; 101,7km (2ª cat.) – Serra de Bornes; 139 km
(4ª cat.) – Cabeço de Santa Engrácia
31/07 -
6ª Etapa: Bragança – Boticas -
169,1km
Metas Volantes: 67,4km –
Valpaços; 129,9km – Vidago; 146,8km – Boticas; Prémios de Montanha: 7,1km (3ª
cat.) – Serra da Nogueira; 81,8km (3ª cat.) – Argemil; 97,1km (3ª cat.) – Serra
da Padrela; 140,2km (3ª cat.) – Pinho 152,1km (1ª cat.) – Torneiros;
1/08 - 7ª
Etapa: Felgueiras – Paredes -
160,4km
Metas Volantes: 31,5km – Marco
de Canaveses; 126,1km – Lordelo; 145,6km – Cête; Prémios de Montanha: 61,1km
(3ª cat.) – S. Sebastião de Penha Longa; 122,5km (4ª cat.) – Gandra; 132,3km
(2ª cat.) – Vandoma; 149,6km (4ª cat.) – Baltar
2/08 - 8ª
Etapa: Viana do Castelo – Fafe
- 182,4km
Metas Volantes: 45,2km –
Valença; 102,3km – Ponte da Barca; 151,1km – Póvoa de Lanhoso; Pré- mios de
Montanha: 80 km (3ª cat.) – Extremo; 113,1km (3ª cat.) – Portela do Vade;
147,3km (4ª cat.) – Geraz do Minho - 177,8km (4ª cat.) – Golães
3/08 - 9ª
Etapa: Maia – Mondim de Basto,
Sr.ª da Graça - 170,8km
Metas Volantes: 27,7km –
Paredes; 63,2km – Amarante; 159,1km – Mondim de Basto; Prémios de Montanha
93,1km (1ª cat.) - Serra do Marão; 108,5km (4ª cat.) – Velão; 129,7km (1ª cat.)
– Barreiro; 170,8km (1ª cat.) – Mondim de Basto - Sr.ª da Graça
4/08 -
10ª Etapa (Contrarrelógio individual): Viseu – Viseu - 26,7km
Passagens pelas Freguesias de
Ranhados aos 3km, Rio de Loba, 6km, Mundão aos 13 km e Abravesses aos 20km.
O PELOTÃO
Cerca de 133 ciclistas em
representação de 17 equipas, as nove portuguesas do escalão Continental e as
restantes estrangeiras, de cinco nacionalidades, sendo 4 Pro Team.
Colin Stussi, o suíço, do Team
Vorarlberg, marca presença e procura a segunda vitória consecutiva na
“Portuguesa”, tendo o antigo companheiro de Bruno Pires (Team Roth), conseguido
já esta temporada a vitória na clássica Schonber- ger Pfingstradrennen, na
Alemanha. Txomin Juaristi (Euskaltel/Euskadi), o equatoriano Jonathan Camargo,
da mexi- cana Petrolike, serão também fortes apostas para a vitória.
As equipas portuguesas apostam
tudo na “Portuguesa” e há um
naipe de meia dúzia de corredores que aspiram a colocar o seu nome no ranking
dos vencedores. Pode Maurício Moreira voltar a conseguir novo triunfo, ou
finalmente surge um nome português.
O pelotão da Volta a Portugal
Continente conta de novo com um pelotão de ciclistas de vários pontos do globo,
mantendo as tradicionais dificuldades na estrada, a que se junta a “frigideira” de
julho e agosto com temperaturas pouco alcançadas em outras corridas o que a
torna em tudo diferente.
SÍMBOLOS
DE DISTINÇÃO
Existem quatro camisolas que
distinguem os líderes de cada classificação na prova. O ama- relo é sempre o
tom em destaque no pelotão da Volta a Portugal porque é a cor que simboliza a
vitória e a liderança de quem domina a classificação geral individual.
A Camisola Amarela Continente
veste o primeiro da Classificação Geral Individual, que identifica o ciclista que
tem o menor tempo acumulado no conjunto das etapas. Diariamente, no final de
cada etapa, destaca o corredor que lidera o pelotão.
A Camisola Laranja Galp
distingue o ciclista que acumula maior pontuação nas Metas Volantes, situadas
em locais importantes de cada etapa, e nas Chegadas. Este prémio salienta
capacidade de consistência e a liderança da Classificação Geral por Pontos.
A Camisola Azul Car classe
está associada à Classificação da Montanha, que elege o especialista trepador
entre o pelotão, símbolo da resistência e superação do ciclista.
A Camisola Branca Placard vai
envergar a Camisola da Classificação da Juventude, destinada ao atleta da
categoria Sub23 melhor classificado. É o reconhecimento do promissor talento
dos ciclistas mais jovens.
O “Prémio Melhor Português” em cada etapa é apoiado pelos Jogos Santa Casa.
PARA ALÉM DA COMPETIÇÃO… A DIVERSÃO
O Concerto da Volta é já uma
tradição presente em cada edição da Volta a Portugal.
Realiza-se tradicionalmente na
véspera do Dia de Descanso do pelotão, sendo que este ano acontecerá na cidade
da Guarda, dia 28 de julho, pelas 22h00 no Largo da Sé Catedral, com a atuação
de Carolina Deslandes.
A entrada é Gratuita!
A emoção da presença da
Caravana na cidade será marcante ao longo de todo o dia.
17ª ETAPA DA VOLTA A PORTUGAL
No dia de descanso da Volta a
Portugal Continente a atenção volta-se para os cicloturistas e ciclistas
amadores. É a sua vez de terem a oportunidade de vivenciar a experiência e as
sensações de participar na Etapa da Volta RTP.
Utilizando as mesmas
estruturas de Partida e Chegada, assim como os carros de apoio e a estrutura da
organização da Volta a Portugal Continente, o percurso está projetado para os
não profissionais, percorrendo uma parte do percurso que o pelotão da realizou
no dia anterior, conjugado com a magnifica envolvente da região da Guarda.
Na 17ª Etapa da Volta RTP é
aberta a inscrição a quem complete a idade mínima de 15 anos até ao final de 2023.
Os menores de 18 anos terão de apresentar autorização dos progenitores.
Opcionalmente, os participantes podem também incluir na inscrição o Equipamento
Oficial e solicitar também presença no almoço convívio.
As inscrições estão abertas
até às 24 horas do dia 24 de julho no site oficial da Volta em www.volta-portugal.pt
Fonte: Podium
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