A candidatura, a terceira apresentada até aqui às eleições deste ano para os órgãos sociais da FPC, foi hoje apresentada no Velódromo Nacional, em Sangalhos, no distrito de Aveiro
O presidente da Associação de
Ciclismo da Beira Alta, Pedro Martins, apresentou hoje a candidatura à
presidência da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), com o objetivo de “mudar o rumo”.
“Há uma
necessidade muito grande de mudar o rumo para onde a federação e o ciclismo
estão a ser levados”, admite o candidato, de 41 anos, em
entrevista à Lusa.
A candidatura, a terceira
apresentada até aqui às eleições deste ano para os órgãos sociais da FPC, foi
hoje apresentada no Velódromo Nacional, em Sangalhos, no distrito de Aveiro.
Pedro Martins destaca esta
candidatura como sendo “diferenciada” em relação às outras já apresentadas, uma
liderada por Cândido Barbosa e outra por Sandro Araújo, desde logo pela elevada
presença feminina nos órgãos sociais.
“Temos
muitas mulheres, não por causa do regime jurídico [que obriga a isso], mas
porque têm condições. (...) [Além disso,] fiz questão de ir buscar muitas
pessoas do mundo académico”, destaca.
Assim, o candidato a
presidente da Assembleia Geral é Gastão Sousa, com Sónia Brito como primeiro
nome no Conselho Fiscal, Isa Carvalho para o Conselho de Disciplina, Mara
Ferreira ao Conselho de Arbitragem e Tiago Santos ao Conselho de Justiça.
Na direção, terá como
vice-presidentes Isabel Caetano e Celina Gonçalves, procurando implementar um
programa assente em “três eixos principais” que pretende que façam “mover a federação”.
São eles o do diálogo, com
vista a criação de canais de comunicação mais diretos com a comunidade, o da
transparência, assunto “muito debatido” e no qual pretende garantir “confiança, com transparência na tomada de decisões e
utilização de recursos”, e a valorização.
“Das
carreiras desportivas, das competições, e da imagem do ciclismo, que como
sabemos tem sido empurrada para baixo com os casos de doping”,
lembra.
Entre as várias medidas
setoriais que constam do programa eleitoral, o voto eletrónico para eleição de
delegados, a criação de uma comissão dedicada ao ciclismo no feminino, reforço
da participação internacional das seleções, estímulos à criação de novas
competições e a introdução das apostas desportivas são alguns dos destaques.
A introdução de paraciclismo
nas escolas também consta do programa, assim como medidas relacionadas com
segurança rodoviária, mobilidade, modelos de formação e a parceria com outras
instituições públicas.
Para Pedro Martins, cujo lema
é “Juntos, pedalamos no rumo certo”,
o objetivo é mesmo realinhar a FPC com “o
rumo certo”.
“As
outras duas candidaturas estão enraizadas com o passado, e há necessidade de
mudar. As estratégias implementadas nos últimos anos não foram as mais felizes.
(...) No ciclismo, é histórico haver três candidaturas, a possibilidade de se
escolher e mudar”, resume.
Martins candidata-se à
sucessão de Delmino Pereira, que atingiu o limite de três mandatos de quatro
anos, com “uma candidatura inovadora e com os
pés assentes na terra”, “sem
desprestigiar o trabalho feito no passado”, mas vontade de
trilhar caminho próprio.
Fonte: Sapo on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário