Presidente do FC Porto admite, no entanto, que se sentiu "traído"
Por: Record
Foto: Carlos Gonçalves
Pinto da Costa abordou, na
entrevista à 'Rádio Renascença',
os casos de doping que levaram à extinção da W52, equipa de ciclismo à qual o
FC Porto esteve associado. O presidente dos dragões admitiu que se sentiu
traído, mas lembrou que o clube nada teve a ver com o problema em si.
"Senti-me
traído como se sentiram os responsáveis. O FC Porto tinha uma parceria com a
W52, onde toda a atividade e gestão desportiva pertencia à W52. O FC Porto dava
a autorização para as camisolas e isso levou a que uma multidão, mesmo
multidão, passasse a acompanhar os ciclistas. Mas não tivemos nunca qualquer
intervenção em nada. E os responsáveis da W52 também não. Agora, foram
apanhados alguns ciclistas que tinham tomado substâncias proibidas pelo
antidoping. Foram apanhados, foram suspensos",
explicou, acrescentando: "Duvido muito
que, se fizessem as mesmas análises e as mesmas coisas ao pelotão, a maioria
não estivesse [dopada], porque era um mau hábito que todos de um modo geral
tinham, de tomar substâncias que, não sendo propriamente doping, estavam
proibidas”.
Pinto da Costa explica que o
clube tornou-se "num alvo".
"O FC Porto foi um alvo escolhido por
alguma comunicação social. Por exemplo, toda a gente sabe que o FC Porto não
tem nada a ver, quem escolhe treinador, médico, ciclistas, tudo, não
interferimos em nada. Portanto, não interferimos se o ciclista come frango,
batatas ou bacalhau. Não temos nada com isso. Mas, mesmo sabendo isso, há
televisões que quando punham W52, aparecia a minha fotografia, como se eu fosse
ciclista".
Fonte: Record On-line
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