Ciclista da Glassdrive vence prólogo em Viseu
Por: Record com Lusa
Foto: Lusa/EPA
Rafael Reis foi esta
quarta-feira o mais rápido no prólogo da 84.ª Volta a Portugal, sendo assim o
primeiro camisola amarela da edição deste ano. O ciclista da Glassdrive, que foi o último a fazer o
percurso de 3,6 quilómetros em Viseu, mostrou-se satisfeito pelo triunfo que
lhe diz tirar "um grande peso de
cima".
"Não
é habitual [ganhar], há muito trabalho por detrás disto. Este é um objetivo
para o qual a equipa me contratou há três anos e a verdade é que tenho
conseguido. Tira-me um grande peso de cima sempre que o consigo fazer. Sabia os
tempos intermédios, sabia o tempo na meta, e quando passei a meta sabia que
tinha batido o tempo [de Txomin Juaristi]. Os números não enganaram, acabei por
vencer e estou muito feliz por isso", começou por referir o
português, que bateu por dois segundos o espanhol Txomin Juaristi (Euskadi) e
deixou o uruguaio Mauricio Moreira, seu companheiro de equipa, em terceiro, a
três segundos.
Quanto à defesa da camisola
amarela, Rafael Reis lembrou que há várias opções na Glassdrive para lutar pela
classificação geral. "Além das
bonificações, as etapas também são ligeiramente mais compridas, à volta dos 190
quilómetros todas as etapas até à etapa da Torre, de segunda-feira. Há um
desgaste muito grande nessas etapas, são etapas muito planas e controlar essas
etapas com dois, três ciclistas... porque temos várias opções na equipa [para a
geral] e não vamos meter colegas que vão para a geral a trabalhar. Como toda a
gente sabe, eu sou um homem que veio para trabalhar na Volta a Portugal. Eu, o
Fábio [Costa] e o [Luís] Mendonça. Vamos tentar não desgastar assim tanto esses
homens de trabalho, etapas planas são muito difíceis de controlar com fugas
numerosas e tudo o mais", destacou.
O facto de ter sido o último
ciclista a percorrer o prólogo não preocupou Rafael Reis, que voltou a reforçar
que sentiu ter-lhe sido tirado um peso muito grande de cima. "É sempre muito especial. Tira-me um peso muito
grande de cima. Eu lido bem com a pressão, peço sempre à equipa para partir em
último. Não tenho a pressão dos tempos, o pessoal vai batendo os tempos e eu
mantenho-me na minha, vou estando focado naquilo que consigo fazer. Unicamente
tenho de dar o meu melhor, esperar ter um dia bom, porque no ciclismo pode não
acontecer. Somos humanos, podemos falhar, e para mim é um grande alívio
continuar a vencer os prólogos", assumiu, tendo ainda
abordado o facto de não ter revalidado o título de campeão nacional de
contrarrelógio.
"Tive
vários problemas, tive um problema com a bicicleta, mas espero que no próximo
ano consiga dar luta pelo menos", concluiu.
Fonte: Record on-line
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