A 110.ª Volta a França regressa à estrada na terça-feira, na 10.ª etapa, uma ligação de 167,2 quilómetros ‘acidentados’ entre Vulcania e Issoire
Foto: AFP or licensors
O ciclista australiano Jai
Hindley (BORA-hansgrohe), terceiro da geral da Volta a França, reconheceu hoje
que Jonas Vingegaard e Tadej Pogacar estão “num
nível à parte” dos restantes, mas notou que ainda falta muito
até Paris.
“Sinto-me
bastante bem e ainda bastante fresco, e preparado para mais dureza na corrida.
Não estou a concentrar-me demasiado no resultado final neste momento, estou
apenas a tentar fazer o meu melhor dia-a-dia e agarrar as oportunidades quando
aparecerem”, declarou.
Na sua estreia no Tour, o
corredor de 27 anos já venceu uma etapa (a quinta) e andou de amarelo, sendo
agora o terceiro classificado da geral e o melhor dos ‘outros’, a 02.40 minutos do camisola
amarela, o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), que tem o esloveno Tadej
Pogacar (UAE Emirates) a apenas 17 segundos.
“Penso
que ainda falta muito e que a corrida não está minimamente decidida. Estes dois
favoritos estão num nível à parte, mas ainda faltam muitas etapas e muita coisa
pode acontecer. E ainda há muitos ciclistas no top 10 que não estão fora da
luta, nunca os descartaria”, disse o vencedor do
Giro2022, em conferência de imprensa.
No primeiro dia de descanso da
110.ª Volta a França, Hindley reconheceu que as primeiras nove etapas da prova
francesa “foram realmente difíceis”.
“Dei tudo
quando tive de dar, e corri de forma conservadora quando pude, e penso que isso
foi importante. Estou a tentar gerir os meus esforços diários”,
detalhou, lembrando que, nas grandes Voltas, costuma “encontrar as melhores pernas” na terceira
semana.
Destacado terceiro, Hindley é
o maior candidato ao último lugar no pódio final, que terá como pano de fundo
os Campos Elísios (Paris), em 23 de julho, mas enfrenta a concorrência, por
exemplo, do jovem espanhol Carlos Rodríguez (INEOS), quarto a 04.22 minutos de
Vingegaard.
“Trabalhei
muito tempo para chegar aqui ao melhor nível. Quando iniciei o Tour, não sabia
onde estaria, se entre os 50 primeiros, os 20, os 10, ou quarto, como estou
agora. Estou bastante contente”, confessou o ciclista de 22
anos.
A estrear-se no Tour – é a sua
segunda grande Volta, depois de ter sido sétimo na Vuelta2022, Rodríguez está
expectante para ver como “as pernas
respondem” nas próximas
etapas.
“É a
minha primeira Volta a França, ainda estou a descobrir a corrida. O importante
é que estamos a fazer as coisas bem e que está tudo a correr bem até agora. Vou
continuar a fazer o melhor possível”, acrescentou.
O ciclista da INEOS agradeceu
ainda o apoio de Egan Bernal, o vencedor do Tour2019, que regressou este ano à
prova francesa, depois de ter sofrido um gravíssimo acidente no início da época
passada.
“É
incrível que esteja a trabalhar para nós [para ele e Thomas Pidcock]. Só
partilhar equipa com ele já significa muito e colocar-se ao nosso serviço diz
muito da grande pessoa e ciclista que é, um exemplo a seguir”, defendeu.
Se o espanhol de 22 anos é a
grande surpresa, David Gaudu (Groupama-FDJ) é uma das grandes desilusões.
“Viemos
para este Tour com um objetivo muito alto. Assumimos que ambicionávamos o
pódio, porque queríamos fazer melhor do que o ano passado e progredir. Ainda só
passou uma semana, mas eu já perdi tempo”, admitiu o quarto
classificado da passada edição.
O francês de 26 anos é apenas
oitavo, a 06.01 minutos do camisola amarela, mas promete que vai continuar “a lutar pela classificação geral”.
Fonte: Sapo on-line
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