Vencedor irá continuar a ser apurado através do 'crono'
Por: Lusa
Foto: Volta a Portugal Site
Oficial
A Volta a Portugal mudou o
roteiro, ligando Viseu a Viana do Castelo, mas repetiu o figurino de sempre,
acrescentando desnecessários quilómetros 'neutralizados'
a uma 84.ª edição que confiará novamente num 'crono' final para definir o vencedor.
Embora o número de quilómetros
da Volta apresentada esta quinta-feira seja idêntico ao da passada edição os
ciclistas vão percorrer 'apenas' mais
38,9, num total de 1.598,6, as distâncias entre partidas e chegadas,
nomeadamente nas terceira e quarta tiradas, serão um fator extra de desgaste
para um pelotão que terá ainda de 'suportar' a
canícula esperada entre 9 e 20 de agosto.
A organização da prova 'rainha' do ciclismo nacional inovou para
ficar tudo igual, exceto o sempre reclamado pelo público, não pelos corredores
regresso ao Algarve, que não figurava no traçado desde 2018, ou o
contrarrelógio 'noturno' da
última etapa, que deverá terminar cerca das 20h, e no alto de Santa Luzia.
De resto, repetem-se os locais
decisivos: a inevitável Torre, a primeira grande dificuldade, à quinta etapa,
seguindo-se o Larouco, ponto mais alto de Montalegre (7.ª), e a Senhora da
Graça (9.ª), antes do exercício individual de 16,3 quilómetros nas ruas de
Viana do Castelo, com Joaquim Gomes, o diretor da Volta, a 'abdicar' do Observatório de Vila Nova, em
Miranda do Corvo, que em 2022, na sua primeira 'presença'
no percurso, foi 'palco' de
uma das mais espetaculares chegadas de etapa em anos recentes.
Com as dificuldades da prova
todas concentradas na segunda metade, os cinco primeiros dias servirão para
outros, que não os homens da geral, brilharem, a começar logo no prólogo de
Viseu, meros 3,6 quilómetros que vão atribuir a primeira amarela.
Os cerca de 130 ciclistas, de
19 equipas (as nove portuguesas e 10 'convidadas'
estrangeiras, entre as quais as quatro ProTeams espanholas)
rumarão depois ao Velódromo Nacional, em Sangalhos (Anadia), ponto inicial dos
188,5 quilómetros até Ourém.
Seguem-se outras três tiradas
reservadas a sprinters: a ligação de 177,3 quilómetros entre Abrantes e Vila
Franca de Xira, a travessia entre Sines e Loulé (191,8), cidade que regressa ao
percurso da Volta após 20 anos de ausência, e nova promissora jornada de altas
temperaturas, entre Estremoz e Castelo Branco (184,5) - só nestas duas etapas
os ciclistas vão percorrer, a pedalar ou nos carros das equipas, quase 700
quilómetros.
Só ao sexto dia é que o
uruguaio Mauricio Moreira (Glassdrive-Q8-Anicolor) e os candidatos a 'destroná-lo' enfrentarão
o primeiro grande teste, nos 184,3 quilómetros entre Mação, 'estreante' na Volta, e o alto da Torre, a
única contagem de categoria especial do percurso que os ciclistas vão alcançar
após 20,1 quilómetros de ascensão desde a Covilhã.
Antes do dia de descanso,
marcado para 16 de agosto, há ainda tempo para a complicada chegada à Guarda,
onde a meta coincide com uma contagem de montanha de terceira categoria, numa
ligação de 168,5 quilómetros desde Penamacor.
Cumprida a jornada de pausa, o
pelotão regressa à estrada para a penúltima das etapas de montanha, com a
sétima tirada a unir Torre de Moncorvo ao alto do Larouco, em Montalegre, no
total de 162,6 quilómetros, pontuados por duas contagens de primeira categoria,
a última das quais a coincidir com a meta.
O regresso do 'sterrato' em Fafe está reservado para a
oitava etapa, que parte de Boticas e cumpre 146,7 quilómetros, e antecede a
sempre emblemática subida à Senhora da Graça, ponto final de 174,5 desde
Paredes, endurecidos por três contagens de primeira categoria.
Como sempre, o último dia será
dedicado ao 'crono', exercício
que no ano passado valeu o triunfo da geral a Moreira, que destronou o seu
colega português Frederico Figueiredo do primeiro lugar no derradeiro 'suspiro'
da Volta.
"Finalmente,
pusemo-nos de acordo e, em primeira mão, posso anunciar que o final do contrarrelógio
será em Santa Luzia", revelou Joaquim Gomes
durante a apresentação da 84.ª edição, que decorreu em Lisboa. Assim, o 'crono' acabará no Santuário de Santa
Luzia, ponto mais 'elevado' da
cidade de Viana do Castelo, com os derradeiros quilómetros do exercício
individual a serem feitos em subida, numa 'mini'
cronoescalada.
Fonte: Record on-line
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