Ciclista da Glassdrive-Q8-Anicolor vai defender o título conquistado em 2022
Por: Lusa
Foto: Lusa/EPA
Mauricio Moreira tem as
melhores expectativas para a 84.ª Volta a Portugal em bicicleta, mas reconhece
que gostaria de ter mais quilómetros de contrarrelógio na edição em que vai
defender o título conquistado em 2022.
"As
expectativas são as melhores. Até agora as coisas têm corrido bastante bem, e
vamos enfrentar esta Volta com a maior das alegrias, a vontade de dar o melhor
e fazer um bom resultado", declarou o uruguaio de 27
anos, à margem da apresentação do percurso da 84.ª edição da prova 'rainha' do
ciclismo nacional.
O ciclista da
Glassdrive-Q8-Anicolor reconheceu, no entanto, que gostaria que o percurso
entre Viseu e Viana do Castelo, apresentado esta quinta-feira, tivesse um maior
número de quilómetros de exercício individual contra o cronómetro para já, tem
um prólogo de 3,6 quilómetros e um 'crono'
que poderá chegar aos 18,2, com chegada ao alto do Santuário de Santa Luzia.
"Logicamente,
como já disse antes, sou uma pessoa que gosta muito do 'crono'. Ficámos a saber
que há uma alteração no contrarrelógio final, agora falta saber bem os detalhes
de como vai ser, mas, tirando isso, temos de enfrentar a competição com a mesma
vontade de dar o melhor e é isso que vai acontecer",
afirmou, no Teatro Thalia, em Lisboa.
'Mauri'
referia-se ao facto de a 84.ª Volta a Portugal terminar em Santa Luzia, uma
surpresa revelada hoje pelo diretor da prova, Joaquim Gomes, com o uruguaio a
hesitar quando questionado sobre se a inclusão de uma 'mini' cronoescalada poderia 'trocar-lhe as voltas'.
"Depende.
Se somaram quilómetros, se calhar fico um bocadito mais contente, mas mesmo
assim vai ser muito bonito acabar lá em cima. Acho que para toda a gente,
tantos ciclistas como espetadores, vai ser algo mesmo bonito",
defendeu o ciclista que esta temporada já venceu o 'Grande Prémio O Jogo' e a 'Clássica
da Primavera'.
Segundo o também vice-campeão
da Volta'2021, que é um especialista na luta contra o cronómetro, a ascensão
reservada para os quilómetros finais da 84.ª edição pode nem prejudicá-lo, uma
vez que na decisão desse contrarrelógio "muitas
coisas vão influenciar".
"Estamos
a falar de três quilómetros praticamente depois de uma Volta a Portugal. Não é
o mesmo que fazer só esses três quilómetros do que fazê-los depois de uma Volta
inteira. Para mim, é uma situação de que eu gosto, mas antes é preciso ver como
se acaba", notou.
O corredor da
Glassdrive-Q8-Anicolor disse conhecer "a
maioria das etapas" hoje
apresentadas, à exceção do troço final da oitava, que inclui uma parte em 'sterrato'.
"A
que não conheço é a etapa de Fafe, acho que é uma novidade o setor de terra que
tem no fim, pelo menos para mim. Logicamente o contrarrelógio acabar em Santa
Luzia... não conheço a subida, estou ansioso por conhecer",
completou.
O uruguaio confia que o
triunfo na 84.ª Volta a Portugal será da Glassdrive-Q8-Anicolor, seja dele ou
de um dos seus colegas - o trepador Frederico Figueiredo foi segundo no ano
passado, depois de ser destronado por 'Mauri'
no 'crono' do último dia.
"Está
claro que todos vamos dar o nosso melhor, acho que temos uma equipa muito
forte, todos estamos bem. Espero que no final, seja com qualquer um da equipa,
possamos celebrar a vitória. Acredito tanto em mim como na equipa para poder
conseguir a vitória", sustentou.
Para conseguir a vitória
final, segundo Moreira, "há que ter uma
regularidade muito grande com o passar dos dias".
"Sabemos
que a última semana vai ser uma semana muito dura, desde o dia de descanso para
a frente vai ser uma acumulação de fadiga muito grande. Assim, vamos ter de dar
o nosso melhor, descansar, e tentar que cada etapa seja o melhor possível",
concluiu.
A 84.ª Volta a Portugal
arranca a 9 de agosto, com um prólogo em Viseu, e termina no alto de Santa
Luzia, em Viana do Castelo, em 20 de agosto, após 1.598,6 quilómetros.
Fonte: Record on-line
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