Diogo Narciso iguala sexto lugar dos europeus do ano passado
Por: Ana Nunes
Diogo Narciso deu tudo o que
tinha na corrida por pontos do Campeonato da Europa de Pista, que está a
decorrer em Grenchen, na Suíça, conseguindo igualar o sexto lugar alcançado na
mesma disciplina nos europeus de 2022. No segundo dia estiveram ainda em pista
Rodrigo Caixa, na prova do quilómetro contrarrelógio, e Maria Martins, na
corrida de eliminação.
Neste dia foi dia de Diogo
Narciso marcar presença na corrida por pontos, prova essa que disputou pela
primeira vez em campeonatos da europa de elite no ano passado, tendo alcançado
um impressionante sexto lugar.
Na prova deste dia, o corredor
português entrou muito bem na corrida, conseguindo somar um ponto logo no
primeiro dos 16 sprints pontuáveis que compõem a corrida por pontos. Nesta
altura estava já isolado na frente o espanhol Albert Torres, impondo um ritmo
elevado que levou a que o pelotão se começasse a partir. O grupo acabaria por
unir-se pouco depois, mas a intensidade da corrida custava a diminuir, com
vários corredores a começarem a perder voltas ainda na fase inicial da prova.
Diogo Narciso também não
tardou a mostrar-se, lançando um ataque ainda a 129 voltas do final da corrida.
Consigo seguiu o austríaco, Maximilian Schmidbauer. Esta iniciativa levou a que
o atleta luso conseguisse somar cinco pontos no quarto sprint e três no quinto
sprint. O somatório dos pontos e a dobragem que, entretanto, faria ao pelotão
colocaram Diogo Narciso momentaneamente na segunda posição.
No entanto, a prova continuava
a ser feita num ritmo extremamente intenso, com o pelotão a fragmentar-se em
várias ocasiões. Porém, Narciso esteve sempre atento nos momentos mais
críticos, procurando manter-se entre o grupo da frente. Esse esforço viria a
fazer com que voltasse a somar pontos no nono, no 10.º, e, mais tarde, no 13.º
sprint. A competição estava feroz, mas o português mantinha-se firme entre os
cinco primeiros classificados, ainda na luta pelas medalhas.
Havendo vários corredores com
pontuações muito próximas, tudo se decidiria no último sprint. O representante
da seleção nacional esteve na discussão desse esforço final, somando dois
pontos, o que lhe valeu o sexto lugar, com um total de 36 pontos. A vitória
ficou para o italiano, Simone Consonni, com 54 pontos, o segundo lugar para o
espanhol, Albert Torres, com 51 pontos, e Donavan Grondin (França) fechou o
pódio no terceiro lugar, com 48 pontos.
O selecionador nacional,
Gabriel Mendes, ressalvou o desempenho positivo de Diogo Narciso, numa corrida
de pontos absolutamente frenética. “Estou
muito satisfeito com o trabalho que o Diogo desenvolveu hoje durante a corrida.
Ele está cá, principalmente, para ganhar experiência a este nível e mostrou ter
muito potencial para discutir até as corridas mais exigentes. Claro que existem
sempre aspetos a melhorar, e iremos continuar a trabalhar nesse sentido, mas o
Diogo está de parabéns pelo seu desempenho no dia de hoje”,
afirmou Gabriel Mendes.
Rodrigo Caixas estreou-se no
campeonato da europa, na prova de um quilómetro contrarrelógio, tendo terminado
na 17.ª posição. O corredor português competiu com alguns dos grandes nomes da
velocidade, nomeadamente Jeffrey Hoogland (Países Baixos), que se sagrou
campeão da europa desta disciplina.
“Esta é
uma prova maioritariamente destinada a velocistas, mas era importante que
preparássemos a prova de perseguição individual”,
sublinhou Gabriel Mendes, explicando ainda que Rodrigo Caixas teve de superar
um pequeno percalço logo no início da prova. “O
Rodrigo ficou prejudicado logo no momento do arranque, pois saltou-lhe o pé do
pedal. Este incidente não dá direito a nova partida e os segundos que passaram
até que conseguisse encaixar de novo o pé levaram a que perdesse tempo na
primeira volta. Depois disso, conseguiu entrar no ritmo e teve um bom
desempenho, tendo tido o sexto melhor tempo na quarta volta”.
Depois de se ter sagrado
campeã da europa de scratch, Maria Martins regressou à pista de Grenchen para
correr na prova de eliminação, que concluiu na 16.ª posição.
“Não
estava previsto que a Maria fizesse a prova de eliminação, mas tendo em conta
que estar nesta prova é um critério de elegibilidade para assegurar a
participação no Campeonato do Mundo, tínhamos de competir. No entanto, sendo
esta uma corrida muito propícia a quedas, não quisemos correr riscos desnecessários,
dado que a nossa prioridade é a prova de omnium de amanhã”,
explicou o selecionador nacional.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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