Líder da UAE Emirates ressalvou, contudo, que na 'Grande Boucle' "nunca se sabe o que pode acontecer"
Por: Lusa
Foto: Lusa/EPA
Tadej Pogacar demonstrou esta quinta-feira
a sua conhecida impaciência, ao dizer-se ansioso para iniciar a defesa dos
títulos conquistados na Volta a França, confessando ainda estar inquieto com a
recente vaga de covid-19 no pelotão.
"Estou
ansioso para começar, estou muito impaciente. Vai ser um dia espetacular",
declarou, entusiasmado, o sempre expansivo ciclista esloveno, em
videoconferência de imprensa.
O líder da UAE Emirates, de 23
anos, assumiu-se "entusiasmado por estar
à partida do Tour".
"Como
em todas as corridas, vou fazer o meu melhor aqui. É a maior prova do
calendário, por isso estou feliz por participar e por lutar pelo título. A
preparação foi boa, estive em altitude, depois na Volta à Eslovénia, e
novamente em altitude. Penso que estou em boa forma. Em relação ao ano passado,
não há diferenças. Estou preparado, ainda mais confiante, porque melhoro ano
após ano, vou ganhando experiência", notou.
'Pogi'
ressalvou, contudo, que na 'Grande Boucle' "nunca se sabe o que pode acontecer"
e que "basta ter um mau dia" para perder as hipóteses de vitória.
"É
uma primeira semana traiçoeira. Muito plano, vento lateral, 'pavés'... Mas se
nos unirmos como equipa, seremos suficientemente fortes. Não precisamos de ser
agressivos ou defensivos, faremos simplesmente aquilo que temos de fazer, estar
na frente e lutar pela nossa posição. Estamos preparados para isso, pelo que
não nos devemos preocupar", avaliou.
O bicampeão em título garantiu
que a UAE Emirates desta vez sem portugueses no 'oito'
do Tour -- vai concentrar-se em si própria. "Somos
uma equipa forte, confio nos meus companheiros, estamos muito motivados. Se nos
mantivermos juntos durante as três semanas, vamos conseguir",
completou.
Pogacar minimizou ainda as
suas possibilidades de ganhar o contrarrelógio da primeira etapa, considerando
que, na sexta-feira, não deverá ser o melhor nos 13,2 quilómetros nas ruas de
Copenhaga (Dinamarca).
"Assim
que houver uma oportunidade, todos vão querer vesti-la. Aquilo que vem com a
camisola amarela - as responsabilidades, as cerimónias protocolares e as
conferências de imprensa - faz parte. Nunca se diz não à amarela",
argumentou.
No ano passado, o mais jovem
bicampeão da história da 'Grande Boucle' vestiu a camisola de líder à oitava etapa, depois
de ter ficado perto de o conseguir à quinta jornada, e na sexta-feira parte não
só com o dorsal número um, mas também como favorito incontestável.
Além dos homens da
Jumbo-Visma, 'vices' de 'Pogi' nas últimas duas edições o também esloveno Primoz
Roglic foi segundo em 2020 e o dinamarquês Jonas Vingegaard no ano passado, só
a covid-19 parece poder interromper o domínio do corredor da UAE.
"É
um pouco preocupante. Espero que, chegados aqui, fiquemos o mais possível em
'bolha' e que não tenhamos outro teste positivo",
disse, referindo-se à infeção do italiano Matteo Trentin, que deu positivo na
quarta-feira e foi substituído pelo suíço Marc Hirschi.
A 109.ª Volta a França arranca
na sexta-feira em Copenhaga, na Dinamarca, e termina em 24 de julho, em Paris.
Fonte: Record on-line
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