Australiano venceu a Volta a Itália e revela sentimentos
Por: Lusa
Foto: EPA
O australiano Jai Hindley
(BORA-hansgrohe) disse este domingo que vencer a Volta a Itália "é um sentimento incrível", após
o contrarrelógio final que o consagrou como primeiro ciclista da Austrália a
triunfar no Giro.
"É
um sentimento incrível. Hoje, foi muito emotivo na estrada. Tinha na cabeça o
que tinha acontecido em 2020, não ia deixar que acontecesse de novo. Vencer é
mesmo incrível", descreveu o ciclista de 26 anos.
Hindley sucede ao colombiano
Egan Bernal, que tinha triunfado em 2021, e é o segundo australiano a vencer
uma grande Volta, depois de Cadel Evans ter conquistado o Tour2011, acabando
1.18 minutos à frente do equatoriano Richard Carapaz (INEOS), segundo
classificado, com o espanhol Mikel Landa (Bahrain-Victorious) em terceiro, a
3.24.
Em 2020, tal como nesta
edição, ganhou a 'maglia rosa' na 20.ª etapa este ano atacou para 'roubá-la' a
Carapaz -, mas então perdeu-a para o britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS),
certificando-se hoje, com um bom 'crono',
que o mesmo não se repetia.
Ao longo da sua prova, e da do
campeão olímpico de fundo, estava "a
receber atualizações, com boas sensações na bicicleta". "Sabia que estava a fazer um 'crono' decente, e
queria também ter algumas cautelas. Depois, dei tudo até à meta",
confessou.
Emocionado, ia repetindo que
este triunfo "é incrível".
"Estou muito orgulhoso de ser
australiano, e de poder levar este título para casa",
atirou.
Richard Carapaz, vencedor em
2019, voltou ao pódio de uma grande Volta, depois de já o ter feito também no
Tour e na Vuelta, e celebrou hoje o 29.º aniversário, não com a vitória que
queria, mas felicitou Hindley com um abraço, após a consumação do resultado,
mesmo que não tenha, pelo menos para já, prestado quaisquer declarações aos
jornalistas.
Em terceiro ficou Mikel Landa,
"contente" com o último lugar do pódio, que já havia logrado
em 2015, agora apostado em "descansar e
escolher entre o Tour e a Vuelta" como próximo objetivo. "Hoje, é um dia de celebração, estou cansado depois
desta semana muito dura, mas contente com o pódio. Tenho de agradecer à equipa,
todos deram 100%", destacou.
O herói do 'Landismo', de 32 anos, quer agora "ver a planificação do resto da temporada",
para decidir entre o regresso a França, onde tem dois quartos lugares como
melhor resultado, ou a Espanha, onde nunca fez sequer 'top 10' mas
já venceu uma etapa.
Vencedor de três etapas e da
classificação por pontos, o francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ) destacou o "resultado extraordinário a nível pessoal e para a
equipa". "É a
recompensa para todo o trabalho. Em 2020, foi uma grande luta pela 'maglia
ciclamino', e desta vez tive uma grande vantagem. Hoje, ouvi os adeptos a
gritarem o meu nome", afirmou.
Outro ciclista com uma
classificação secundária e mais do que uma etapa é o holandês Koen Bouwman
(Jumbo-Visma), que viveu "três semanas
fantásticas", com duas tiradas ganhas e a tabela da
montanha.
"Nunca
esquecerei este Giro. Desfrutei muito do último dia, muita gente gritou o meu
nome. Deu-me arrepios. [...] As duas etapas foram lindas, a classificação da
montanha é também fantástica", refletiu.
No 11.º posto ficou o veterano
espanhol Alejandro Valverde (Movistar), que se despede no final do ano, com 42
anos, da carreira de ciclista. "Tinha os
rivais imediatos muito longe, por isso quis desfrutar do contrarrelógio e
sofrer pouco. Estou contente com o resultado final",
declarou.
'Bala'
analisou ainda a forma "como este Giro
'voou'", olhando para a frente, e para os planos de correr
a Clássica de San Sebastián, a Vuelta e a Volta à Lombardia no programa de
despedida.
Fonte: Record on-line
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