A União Ciclista Internacional
(UCI) decidiu hoje suspender as seleções nacionais e retirar as licenças às
equipas da Rússia e da Bielorrússia, na sequência da invasão russa da Ucrânia
Foto: Nuno Veiga Lusa
Em comunicado, a UCI garante
que se mantém como uma "organização
politicamente neutra" e lamenta que estas decisões possam
causar impacto nos atletas russos e bielorrussos, mas diz que "é necessário ser firme na defesa dos valores
olímpicos".
A UCI decidiu proibir que as
seleções nacionais dos dois países participem em provas do calendário
velocipédico internacional, retirando o estatuto de equipa UCI a todos os
conjuntos profissionais.
A russa Gazprom-RusVelo, do
escalão Pro Tour, é a equipa mais cotada das agora excluídas pela UCI, com as
continentais Vozrozhdenie (Rússia), CCN Factory Racing e Minsk Cycling Club
(Bielorrússia), a feminina Minsk Cycling Club e a equipa de pista Marathon –
Tula a perderem também o estatuto.
As provas do calendário da UCI
previstas para a Rússia também foram canceladas, com os Nacionais de ciclismo
dos dois países a saírem do calendário internacional.
Os ciclistas russos e
bielorrussos continuam a poder disputar provas da UCI, de forma neutral, desde
que não estejam inscritos por equipas dos respetivos países.
A Rússia lançou na
quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças
terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de
350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil
deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir
Putin, disse que a "operação militar
especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e
que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a
ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela
generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos,
entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o
reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Fonte: Sapo on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário