José Neves ganha no alto, mas o trono é de Frederico Figueiredo
Por: José Carlos Gomes
José Neves (W52-FC Porto) ganhou a terceira e última etapa do 44.º Grande Prémio Internacional de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho, uma ligação de 185 quilómetros, entre Serra d’El Rei e o alto de Montejunto, que coroou Frederico Figueiredo (Efapel) como vencedor da classificação geral.
O final da corrida não poderia ter
sido mais emocionante. Os dois primeiros classificados da geral à partida
destacaram-se nos sete quilómetros finais da etapa, sempre a subir, primeiro
pelo Avenal e depois até ao topo da região Oeste.
José Neves e Frederico Figueiredo primeiro foram na peugada de Jokin Murguialday (Caja Rural-Seguros RGA), que ousou atacar de longe. Nos derradeiros dois quilómetros, demonstrando ser os mais fortes em prova, o dono da camisola de campeão e o titular da camisola amarela isolaram-se.
Cabia ao homem da W52-FC Porto desenvencilhar-se do rival da Efapel para recuperar o atraso de 19 segundos que tinha à partida. Não conseguiu, porque Frederico Figueiredo mostrou capacidade para segurar o segundo triunfo consecutivo no Troféu Joaquim Agostinho. José Neves não se deu por derrotado e logrou triunfar na etapa.
José Neves passou a meta com
4h38m26s, o mesmo registo de Frederico Figueiredo. Jokin Murguialday foi o
terceiro do dia, a 21 segundos. “Este é o local
onde faço o meu trabalho de subida ao longo de todo o ano. Conhecia muito bem
quase toda a etapa. Sabia onde tínhamos de estar na frente e de acelerar. A
equipa esteve cinco estrelas. Consegui recompensar esse trabalho com a etapa,
mas queríamos a geral. Mas não foi possível. O Frederico estava muito mais
forte e merece os parabéns”, reconheceu José
Neves, que conseguiu a segunda vitória pessoal no Montejunto.
Frederico Figueiredo conquistou o Troféu Joaquim Agostinho pelo segundo ano consecutivo. Foi acompanhado no pódio por José Neves, que gastou mais 15 segundos no conjunto das três etapas. Jokin Murguialday foi o terceiro, a 1m33s.
“A minha equipa esteve num
excelente nível e só tenho de agradecer aos meus companheiros. Demonstrámos que
conseguimos fazer muita coisa com uma equipa jovem. Dedico o triunfo aos meus
colegas e a toda a estrutura Efapel. Ainda nem sei como descrever a sensação de
poder estar duas vezes consecutivas no nível mais alto do pódio do Troféu
Joaquim Agostinho, uma corrida com enorme prestígio”, afirma Frederico Figueiredo.
A decisão ficou guardada para as
duas subidas de primeira categoria encadeadas na parte final. Frederico
Figueiredo explica como tudo se passou: “Na
subida do Avenal começaram os ataques. Respondi sempre diretamente ao José
Neves, que era o meu principal adversário. A três quilómetros ele atacou muito
forte e eu fui na roda dele. Viemos os dois até ao alto. Ele merecia a etapa,
porque fez uma excelente corrida, valorizando ainda mais a minha vitória”.
Frederico Figueiredo também ganhou
a classificação por pontos, Joan Bou (Euskaltel-Euskadi) foi o rei dos trepadores
e Jokin Murguialday consagrou-se como melhor jovem da competição. João Matias
(Louletano-Loulé Concelho) foi quem retirou mais proveito da participação na
fuga de 14 corredores que dominou a etapa até à montanha, conquistando a
classificação das metas volantes. A Euskaltel-Euskadi impôs-se na geral
coletiva.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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