Ciclista dinamarquês bateu Mathieu van der Poel ao sprint
Por: Lusa
Foto: Lusa/EPA
O ciclista dinamarquês Kasper
Asgreen (Deceuninck-QuickStep) bateu este domingo ao sprint o holandês Mathieu
van der Poel (Alpecin-Fenix) para conquistar a Volta à Flandres, surpreendendo
o grande favorito à vitória no segundo 'Monumento' da época.
Asgreen, de 26 anos, ganhou a
clássica de 254,3 quilómetros, entre Antuérpia e Oudenaarde, com um tempo de
6:02.12 horas, batendo ao 'sprint' o holandês, vencedor de 2020 e grande
favorito à vitória.
Após chegarem isolados ao
final, graças a um poderoso ataque do ciclista da Alpecin-Fenix que distanciou
outro dos grandes favoritos, o seu 'arquirrival' Wout Van Aert (Jumbo-Visma),
Van Der Poel vinha na frente, com o ciclista da Deceuninck-QuickStep na roda, e
ao lançar o 'sprint' foi ultrapassado pelo dinamarquês, acabando por desistir
de tentar, em cima da meta, reconhecendo a superioridade do adversário.
Para Asgreen o de hoje foi um
novo triunfo na Bélgica, e desta feita o maior da carreira, após já ter vencido
a E3 Harelbeke este ano - é apenas o nono ciclista da história a conseguir
vencer as duas provas no mesmo ano -, e uma 'vingança' do segundo lugar de
2019, quando perdeu para o italiano Alberto Bettiol.
O belga Greg van Avermaet
(AG2R) fechou o pódio a 32 segundos, 'trazendo' até à meta um grupo reduzido
que ficou arredado de lutar pela vitória a 26 quilómetros do fim.
Foi aí que Asgreen atacou,
mesmo 'contra' o colega de equipa, e campeão do mundo, o francês Julian
Alaphilippe, levando consigo Van der Poel e Van Aert.
Antes, a Deceuninck-QuickStep
já tinha feito a seleção do grupo a partir do Molenberg, uma das quase duas
dezenas de secções de empedrado, colocando um ritmo por vezes 'explosivo' que
deitou por terra vários candidatos.
No fim, e já depois de uma
queda coletiva que 'atrasou' o grupo, permitindo a reentrada dos 'azarados',
foi a maior força do dinamarquês a fazer a diferença.
Na frente, o trio Van der
Poel-Van Aert-Asgreen transformou-se num duo de novo por iniciativa do
holandês, que deixou o belga 'pregado ao chão' - o segundo em 2020 foi hoje
sexto, a 47 segundos - e se isolou, sendo depois apanhado pelo dinamarquês a 10
quilómetros do final, seguindo até à meta juntos.
"Senti-me bem nos últimos
quilómetros, por isso decidi confiar no meu 'sprint'. No último quilómetro,
seguia na roda do Mathieu e sabia que ainda tínhamos uma vantagem, por isso
segurei-me e decidi quando atacar", contou Asgreen, após o final.
Com "ambos no
limite", a decisão foi "por pequenas margens", na consagração do
segundo dinamarquês a ganhar a 'Ronde', depois de Rolf Sorensen em 1997, no que
foi "um dia perfeito" da Deceuninck-QuickStep, especializada neste
tipo de clássicas e que hoje conseguiu a 14.ª vitória em 2021.
"O plano era 'saltar'
após a segunda passagem no Kwaremont, e foi o que fizemos. A equipa esteve
incrível, agradeço-lhes muito", acrescentou.
Na estreia em 'Monumentos', o
português André Carvalho (Cofidis) esteve, como o compatriota Rui Oliveira (UAE
Emirates), por diversas vezes na frente do pelotão, acabando por terminar a
prova no 111.º lugar, a 13 minutos.
Já Oliveira foi 56.º, a quatro
minutos, no regresso à 'Ronde', que em 2020 acabou em 65.º.
O dia ficou ainda marcado pela
expulsão do belga Otto Vergaerde (Alpecin-Fenix) e do cazaque Yevgeniy Fedorov
(Astana), após um desentendimento logo nos primeiros quilómetros.
Horas depois, também o suíço
Michael Schär (AG2R) foi expulso da prova por atirar o bidon fora da zona
permitida, para ser apanhado por um espetador, algo que vai contra as novas
normas da União Ciclista Internacional, em vigor há três dias.
Fonte: Record on-line
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