segunda-feira, 2 de março de 2020

“Coronavírus: Ciclistas retidos nos Emirados Árabes Unidos estão "frustrados"”

Corredores e staff da Cofidis, Gazprom-RusVélo e Groupama-FDJ continuam isolados

Por: LUsa

Foto: Lusa/EPA

Vários ciclistas retidos nos Emirados Árabes Unidos após o cancelamento da Volta àquele país admitiram esta segunda-feira sentir frustração por cinco dias sem treinos e sem autorização para deixar o hotel.

A prova, cancelada antes do final depois de existirem suspeitas de pessoas infetadas com o coronavírus no hotel onde ficaram as equipas, terminou há cinco dias e três equipas - Cofidis, Gazprom-RusVélo e Groupama-FDJ - ficaram retidas no quarto piso do hotel.

"A equipa [Cofidis] está frustrada, porque não temos notícias. Já voltámos a ser testados, mas não nos disseram mais nada. Assim que recebermos os resultados, devemos poder sair do país, mas não nos disseram nada", explicou o australiano Nathan Haas à publicação especializada Cyclingnews.

Haas explica que não foram registados casos positivos no hotel desde a última quinta-feira, mas as equipas continuam retidas no quarto andar, enquanto grande parte das outras formações conseguiram deixar o país.

Segundo o ciclista, todos estão "em forma e saudáveis", além de acompanhados pelos médicos das equipas, ainda que a calma que se tem sentido comece a dar lugar a "pessoas a perder a cabeça", por falta de paciência.

A perda de pelo menos uma semana de treino coloca em causa "objetivos na temporada de clássicas". "Sei que há coisas maiores no mundo, mas é disto que nós vivemos", atirou.

O diretor da equipa francesa, Roberto Damiani, admitiu estar preparado para fazer greve de fome até a equipa ser libertada, enquanto Arnaud Démare, corredor da Groupama-FDJ, usou as redes sociais para partilhar a frustração com a situação.

"Estamos aqui à espera nos quartos, vimos muito ciclismo na televisão no fim de semana. (...) Fiz algum trabalho de pesos, para compensar a falta da bicicleta, e tenho visto Netflix em bloco. Todos sabem o mesmo que nós", confessou.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro de 2019, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.000 mortos e infetou mais de 87 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 60 países.

Das pessoas infetadas, mais de 41 mil recuperaram.

Além de 2.873 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".

A DGS manteve no sábado o risco da epidemia para a saúde pública em "moderado a elevado".

Por: Record on-line

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