Por:
Lusa
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DR
Nélson
Oliveira (Movistar) vai disputar a quinta Volta a Espanha, cuja 74.ª edição
arranca no sábado, e é o mais experiente do contingente de cinco portugueses na
prova, com três estreantes.
Além
de Oliveira, que vai competir na 11.ª grande Volta da carreira, também vão
correr a Vuelta este ano Rúben Guerreiro (Katusha Alpecin), Nuno Bico e Ricardo
Vilela, ambos da Burgos-BH, e Domingos Gonçalves (Caja Rural-Seguros RGA).
O
mais veterano do quinteto foi 21.º em 2015, então na Lampre-Merida, e tem sido
em Espanha que tem tido as melhores prestações nas três principais corridas,
com uma vitória em etapa em 2015.
"A
minha função, mais uma vez, é trabalhar para os líderes [da equipa], é um
trabalho que gosto bastante. Mas, se tiver uma oportunidade em algum dia,
gostava de aproveitar. É um objetivo à parte, tudo depende do que a equipa
queira", resume à Lusa o ciclista de 30 anos.
Especialista
no contrarrelógio, o corredor natural de Anadia chega à Vuelta depois de correr
a Volta a França, e mesmo tendo conseguido descansar e preparar a prova, o
contrarrelógio da nona etapa, que termina em Pau, poderá ser uma opção "ou
não, dependendo do corpo" e também "do que quer a equipa, que faça um
bom crono ou que levante o pé para os dias seguintes".
A
participação na prova espanhola costuma ser um bom presságio para os Mundiais,
logo a seguir à corrida de 21 etapas, na qual foi quarto, no crono, em 2017,
quinto em 2018 e sétimo em 2014, mas o ciclista alerta para o facto de nunca
ter chegado à prova com duas grandes voltas nas pernas.
"Este
ano será diferente. Não sei como vou acabar a Vuelta, em 2015 acabei bem e depois
o crono não correu como queria. Espero estar com forças para chegar ao Mundial
e tentar melhorar os resultados que tenho vindo a fazer", atira.
Outro
dos repetentes na corrida espanhola é Ricardo Vilela, a caminho da terceira
participação depois do 48.º lugar em 2015 e o 49.º de 2017, este ano na
Burgos-BH, a formação de Nuno Bico que apostará nas fugas para se evidenciar.
Se
Bico e Rúben Guerreiro, de 25 anos, e Domingos Gonçalves, de 30, se estreiam,
Oliveira vai correr pela quinta vez a prova e alerta os novatos para as
dificuldades que estão pela frente.
"Digo
que tenham calma, porque são muitos dias. Se tiver de surgir uma oportunidade,
ela aparece. Vai correr tudo bem", aconselha o homem da Movistar, que vê
em "todos possibilidades de chegar a Madrid" e terminar a Volta a
Espanha.
O
desejo, assim, é "que tudo corra bem e que possam dar alegrias" a
Portugal, um feito difícil "porque são só 21 dias e muitos deles têm
vencedores repetidos", mas o "percurso duro como sempre" pode
beneficiar os intentos lusos.
"Há
muitas etapas onde a fuga pode chegar isolada, e os portugueses têm aí de
tentar agarrar uma vitória, como me aconteceu em 2015. Espero que aconteça, com
qualquer um de nós, ficava bastante contente", afiança.
Nélson
Oliveira recordava o triunfo na 13.ª etapa da Vuelta, quando fez vingar uma
fuga para se tornar no sétimo português a erguer os braços numa etapa da Volta
a Espanha, em Tarazona.
O
quinteto de portugueses que compete na 74.ª edição procurará repetir este
feito, e antes deste o de Sérgio Paulinho (2006), Joaquim Agostinho (duas vezes
em 1974 e uma em 1976), Alves Barbosa (1961), José Sousa Cardoso (1959), João
Lourenço (duas em 1946) e João Rebelo (duas em 1945).
A
74.ª edição da Volta a Espanha em bicicleta arranca no sábado, com um
contrarrelógio por equipas em Salinas de Torrevieja, terminando em 15 de
setembro em Madrid.
Fonte:
Record on-line
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