Quando no último quilómetro da
chegada a Castelo Branco a W52-FC Porto entrou na frente com praticamente toda
a equipa, já se adivinhava um triunfo azul e branco ao sprint. Restava saber de
quem. O Camisola Amarela Santander, Gustavo Veloso, até foi o primeiro a entrar
na reta da meta, mas a vitória estava prometida a outro e a tática estava a ser
aplicada na perfeição. Depois de bem lançado por todos os elementos do coletivo
dirigido por Nuno Ribeiro, foi Daniel Mestre quem chegou ao risco de meta e
saboreou o gosto do sucesso. O terceiro triunfo do alentejano na Volta foi
efusivamente comemorado na equipa. Sem bonificações de tempo, era indiferente
ao FC Porto ganhar com um ou outro corredor, uma vez que Veloso mantinha a
liderança.
O espanhol, vencedor em 2014 e
2015, na véspera da Volta chegar à Torre, é líder com três segundos de vantagem
sobre Mike Aristi (Euskadi-Murias) e Daniel Mestre passou a terceiro, com mais
oito segundos. Mestre é agora o primeiro da classificação dos pontos, Camisola
Verde Rubis Gás.
Etapa quente
dentro e fora da competição
Começou com calor a etapa
deste sábado, o primeiro dia em que a temperatura na Volta foi mais séria
chegando os termómetros a registar 38 graus. Em Santarém, à partida, estavam já
30 mas nem foi o calor que inflamou a manhã, foi o castigo atribuído a Joni
Brandão. O corredor da Efapel, terceiro classificado e um dos principais
candidatos, foi penalizado com 10 segundos porque o Colégio de Comissários,
depois de ver as imagens da RTP, decidiu castigar o que diz ter sido um impulso
incorreto ao ciclista.
Polémicas à parte, a Volta
saiu de Santarém de peito feito para mais uma maratona de 194,1 quilómetros até
Castelo Branco. Com oito quilómetros de prova, duas equipas africanas deram o
tom para a fuga do dia. O português Guillaume Almeida (Bai Sicasal-Petro de
Luanda) e o sul africano Jayde Julius (Protouch) lançaram-se para a frente e,
como estavam muito atrasados na classificação, o pelotão pouco se importou. Só
quando a vantagem passou os dez minutos é que a coluna decidiu começar a tirar
tempo à fuga, ainda assim os homens da frente resistiram durante muito, muito
tempo. O mais resistente, Jayde Julius, bem tentou ser teimoso e só foi
alcançado a sete quilómetros da chegada quando o pelotão só pensava no sprint
final.
Vem aí a Torre e
a Etapa Rainha
Este domingo, antes de subir à
Serra da Estrela, o pelotão vai estrear-se na vila de Pampilhosa da Serra. É
uma das novidades do percurso da Volta deste ano e acontece exatamente no
início da etapa Rainha que termina na Torre. Este ano, a batalha no ponto mais
alto de Portugal Continental faz-se numa jornada de 145 quilómetros com cinco
contagens de montanha. A escalada final pela vertente da Covilhã não se fazia
desde 2015.
Volta a Portugal
mais limpa
Com a Serra da Estrela à porta
e à semelhança de outros anos, a organização da 81ª Volta a Portugal Santander
continua o compromisso de reduzir o impacto ambiental associado a esta grande
festa.
Este domingo, 4 de agosto,
serão desenvolvidas ações no Parque Natural da Serra da Estrela para alertar e
preservar essa paisagem particularmente valiosa e sensível do ponto de vista
ambiental.
Em conjunto com a Câmara
Municipal da Covilhã, as Águas da Covilhã, a Associação Geopark Estrela e a
Associação Guardiões da Serra da Estrela serão desenvolvidas iniciativas em
três frentes:
- Reforço dos dispositivos de
recolha de lixo nos locais de maior afluência de púbico;
- Mobilização após a etapa dos
elementos da organização e das entidades parceiras para recolha de resíduos com
o objetivo de assegurar a limpeza de toda a zona envolvente à chegada da prova;
- Sensibilização do público
para a importância da não deposição de resíduos na área protegida do Parque
Natural da Serra da Estrela.
Consciente e empenhada em ter
uma Volta mais limpa, a organização assume estas ações como um princípio que
pretende consolidar para que o evento seja, cada vez mais, um bom exemplo para
a sustentabilidade ambiental.
Fonte: Podium
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