Por:
Lusa
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Lusa
Acácio
da Silva, único português a andar de amarelo no Tour, esperava que, quase 30
anos depois, já tivesse havido outro compatriota a liderar "a maior"
de todas as corridas de ciclismo.
Em
1989, Acácio da Silva andou quatro dias de amarelo na Volta a França, depois de
ter vencido a primeira etapa, no Luxemburgo, país para onde imigrou.
"Não
esperava ser tanto tempo, esperava que houvesse um que conquistasse a camisola
outra vez. Este ano já não dá, mas era bom para o ano, mas não é fácil. A Volta
a França é a maior e vai continuar a ser a maior", disse, à agência Lusa.
De
visita à Volta a Portugal, que hoje parte de Montalegre, sua cidade natal,
Acácio da Silva considera que "os atletas portugueses estão a
desenvolver-se bem".
"Já
temos bons atletas, mas também é preciso ter sorte. Temos bons atletas, é
preciso metê-los no bom caminho e acreditar neles", referiu.
Com
uma agência imobiliária no Luxemburgo há 20 anos, o transmontano confessa que
"é algo especial quando a Volta está presente na terra" e que é algo
que "faz bem à terra, faz bem a tudo".
Este
ano, a Volta a Portugal tem ainda mais um aliciante para Acácio da Silva, uma
vez que o seu irmão Francis é o diretor desportivo da luxemburguesa
Differdange-Losch.
"Não
desliguei tudo [em relação ao ciclismo], mas não estou tão ligado com o meu
irmão, também tem mais tempo para isso. Eu estou mais na sombra", admitiu.
Sobre
as diferenças do seu tempo para o ciclismo atual, Acácio da Silva diz que
"são muitas, nas táticas, no material".
"Mas
há uma coisa que está lá sempre, que é preciso pedalar. Se não pedalas, não chegas.
Está sempre a melhorar-se muita coisa, equipamentos, os controlos antidoping, a
segurança na estrada. É normal que esteja tudo a melhorar", referiu.
Antes
da partida da sétima etapa da Volta a Portugal, que liga Montalegre a Viana do
Castelo, Acácio da Silva vai apresentar um livro biográfico.
"Acácio
da Silva - A carreira excecional de um ciclista cosmopolita" é o título da
obra, escrita em português e francês por Henri Bressler e Rosa Carvalhal.
Fonte:
Record on-line
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