Por:
Lusa
Foto:
Filipe Farinha
O
português Tiago Machado ficou aquém dos objetivos no contrarrelógio masculino
dos Europeus de ciclismo de estrada, ao terminar esta quarta-feira em 18.º
lugar, em Glasgow, e quer agora recuperar para o fundo.
Machado
terminou em 56.12,60 minutos, mais 2.33,82 minutos do que o vencedor, o belga
Victor Campenaerts, terminando sete posições abaixo do 11.º lugar que conseguiu
nos europeus no ano passado na Dinamarca.
"Dei
o que tinha, apliquei-me a fundo, mas houve situações mais fortes. Agora vou
tentar recuperar o melhor possível para a prova de fundo [no domingo]",
disse à agência Lusa no final.
José
Gonçalves, o outro português em prova, também da equipa Katusha Alpecin,
completou o percurso de 45 quilómetros em 57.29,81 minutos, 22.º tempo num
total de 34 ciclistas participantes.
"Não
correu tão bem como estava a pensar, mas como tive uma paragem e treino de
altitude, ainda não estou no meu melhor. Quando ia na estrada vi que não
conseguia manter um ritmo bom porque quebrava muito. Falta-me ritmo",
comentou.
Apesar
de o resultado ter sido aquém das metas traçadas, de garantir um lugar nos dez
melhores, o selecionador nacional de estrada, José Poeira, considerou que foi
uma "participação boa".
"O
contrarrelógio é muito rápido e há corredores que se adaptam melhor",
constatou.
Na
prova de fundo no domingo, juntam-se a Machado e Gonçalves os ciclistas Ricardo
Vilela (Manzana Postobón) e Rui Costa (UAE Team Emirates), um quarteto que terá
de surpreender tendo em conta o circuito rápido, que deverá terminar em sprint.
O
pelotão vai fazer 16 voltas ao circuito nas ruas de Glasgow para completar uma
distância de 230 quilómetros, cuja partida está prevista para as 10:30 horas.
O
selecionador refere que Rui Costa, campeão do mundo em 2013, vem diretamente da
Volta à Polónia, que começou no sábado e termina na sexta-feira, após uma
paragem por lesão.
"A
Polónia vai pôr alguns quilómetros, vamos ver como é que vai chegar aqui. O
campeonato da Europa estar situado entre Volta à Polónia, Volta a Portugal e
Volta a Burgos impediu a possibilidade ter outros corredores, como o Nélson
Oliveira", vincou José Poeira.
O
técnico admite que o percurso não é favorável às características dos ciclistas
portugueses devido à falta de declive, mas lembrou que "o ciclismo na
estrada é sempre prova em aberto e nunca se sabe o que pode acontecer",
ambicionando lutar pelo pódio ou pelos primeiros lugares.
Fonte:
Record on-line
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