Hoje falamos de Luís Costa, um
paraciclista com muita determinação e força de vencer
Por: José Morais
Fotos: Facebook Luís Costa
Como muitas outra modalidades
desportivas para deficientes, o paraciclismo é um desporto que necessita de
muito apoio e carinho, não sendo muitas vezes bem tratado, pouco falado e
divulgado, sendo olhado muitas vezes como atletas de um patamar muito inferior,
onde continua a existir o estigma do “Coitadinho,
é do aleijadinho”.
O paraciclismo é um desporto
que deriva do ciclismo, sendo o mesmo destinado a atletas com deficiências,
sendo a sua prática realizada em bicicletas adaptadas, handbike, ou triciclos,
a origem da modalidade deu-se na década de 80, com a União Ciclismo
Internacional-UCI a partir de 2006, a promover o campeonato mundial de
paraciclismo, nas vertentes de estrada e pista, com exceção dos anos em que se
realizem jogos olímpicos.
E o paraciclismo em Portugal,
como em muitas outras modalidades fica bastante aquém de apoios e divulgações,
não mostrando os feitos dos nossos atletas, e para saber um pouco mais da
determinação, e da modalidade, fomos à procura de um paraciclista de renome em
Portugal.
Falamos
de Luís Costa, e um pouco da sua história:
“Luís Miguel Pinto Costa, 50 anos de idade,
natural de Castro Verde, atualmente a residir em Portimão, de profissão,
Inspetor da Polícia Judiciaria, onde as motas eram, e continuam a ser a sua
grande paixão, andando diariamente na sua Harley Davidson”.
Mas a sua grande paixão em nada desmoronou, “no dia do seu aniversário em 2003, precisamente no dia
que completava os seus 30 anos de idade, num grave acidente de viação de mota
que sofreu, deu origem a que lhe fosse amputada a sua perna direita”.
Luís Costa não desistiu da vida, senhor de uma perseverança, e de uma vontade
inabalável de viver, na altura não era um atleta federado, praticava atletismo
por lazer.
De salientar de que Luís Costa, foi antigo paraquedista,
esteve na Bósnia, e sempre teve força de vencer e lutar, porem… dez anos após o
seu acidente, despertou-lhe a atenção para o antigo piloto italiano Alessandro
Zanardi, que tinha perdido as duas pernas, num acidente de Fórmula Indy em
2001, e a sua prestação do mesmo nos Jogos Paralímpicos de Londres em 2012, a
sua motivação despertou, era imensa na altura, que um ano depois estava a
competir com o antigo piloto italiano.
A entrevista:
Notícias do Pedal: Luís Costa, como foi a tua infância?
Luís Costa: -
Igual à maioria das crianças, creio eu.
Cresci no seio de uma família normal, sem dramas. E felizmente foram-me
incutidos os valores corretos em termos de educação e respeito.
Como era a tua vida antes do acidente?
L.C.: - Antes do acidente a minha vida dividia-se entre o trabalho,
treinos de atletismo e ginásio, família e amigos. Ou seja, não era muito
diferente do que é atualmente, exceto que agora o desporto tem um peso muito
maior nessa equação.
Praticavas desporto, qual, eras federado?
L.C.: - Não era federado. Fazia treinos de corrida (atletismo) e
ginásio, mas apenas para me manter em forma, sem competir.
Após o acidente, quais as tuas preocupações?
L.C.: - Ui, tantas…inicialmente preocupava-me se seria capaz de
voltar a desempenhar a minha profissão normalmente e muitas outras preocupações
que com o passar do tempo deixaram de ser “problemas”
e passaram a ser encaradas com normalidade.
Na altura eras casado e tinhas filhos, que pensaste?
L.C.: - Quando tive o acidente tinha um filho com 4 meses de idade e
questionava-me se seria capaz de desempenhar o meu papel de pai com as
limitações físicas que passei a ter. Claro que isso foi ultrapassado, e hoje em
dia já esse primogénito já é um adulto e tenho um mais novo com 9 anos. Ambos
cresceram a conviver com a minha diferença física e isso nunca lhes fez
confusão.
Como reagiu a tua família e amigos?
L.C.: - Naturalmente foi um choque para todos, ainda por cima no dia
em que fiz 30 anos. Mas acho que eu próprio ajudei toda a gente a ultrapassar o
sucedido, com a minha positividade.
Após a tua amputação, como foi a tua recuperação e que tempo
demorou a mesma?
L.C.: - A minha recuperação foi muito rápida, tendo em conta a
gravidade do acidente. Para além da amputação da perna, também fraturei a
cervical, mas saí do hospital ao fim de apenas 30 dias e no dia seguinte fui
para o ginásio. Ao fim de 6 meses coloquei a primeira prótese e regressei ao
trabalho.
Que apoios tiveste?
L.C.: - A família, os amigos e os colegas de trabalho foram os
maiores apoios.
Como ficaste emocionalmente e psicologicamente?
L.C.: - Fiquei revoltado nos primeiros dias, mas rapidamente “chutei a bola para a frente” e segui com a minha vida. Claro que nem tudo é um
mar de rosas, também tenho dias difíceis em que só me apetece ficar sozinho,
mas isso acontece com todos nós, não é…
Mantes-te na tua profissão, tiveste restrições, que mudou, e
como te adaptaste?
L.C.: - Mantive-me na minha profissão, a desempenhar as mesmas
funções que tinha antes do acidente. Inicialmente nada mudou por causa do
acidente em termos laborais. As maiores alterações vieram a acontecer alguns
anos depois, quando descobri o paraciclismo e adquiri o estatuto de alto
rendimento. Tive que mudar de área de trabalho, e adaptar o meu horário às
exigências da alta competição.
Alessandro Zanardi foi uma inspiração para ti, porquê?
L.C.: - Porque eu lembrava-me do acidente dele e quando, em 2012, se
começou a falar tanto dele devido à sua participação nos Jogos Paralímpicos de
Londres, isso despertou-me o interesse pelo paraciclismo e foi o ponto de
partida para eu começar a treinar. E desde logo um dos meus objetivos foi
chegar ao nível dele e se possível poder ganhar-lhe. Levei alguns anos, mas
consegui fazê-lo.
Porque só dez anos depois do acidente, decidiste iniciares
no paraciclismo?
L.C.: - Simplesmente por desconhecimento
da existência da modalidade. Quem me dera ter começado uns anos antes.
Porque optaste por praticar numa handbike, e não numa
bicicleta tradicional de duas rodas adaptada?
L.C.: - Porque devido
ao treino de ginásio, tinha mais bases para fazer força com os braços, ao invés de pedalar
com apenas uma perna, ainda por cima com dores frequentes no joelho.
Que dificuldades sentiste quando iniciaste?
L.C.: - Uma grande dificuldade inicial foi
adaptar-me ao movimento de braços, e ter que perder muito peso. O treino de
ginásio tinha-me dado um grande volume muscular, creio que pesava então cerca
de 80 kgs e atualmente peso entre 55 a 58 kgs, dependendo da fase da
época. Outra grande dificuldade foi o
custo de uma handbike decente para competir. Tive que começar por uma pesada e
nada competitiva e ao longo dos anos ir adquirindo melhores.
Algumas vez pensas-te em desistires por não conseguires e
ser muito difícil?
L.C.: - Não, isso nunca me passou pela
cabeça.
Sentiste-te arrependido de teres iniciado tão tarde?
L.C.: - Sim, se tivesse começado logo após
o acidente, teria usufruído de mais 10 anos de competição, com menos idade e
por isso provavelmente com maior capacidade física. Mas acho que mesmo assim
não me tem corrido mal.
Se pudesses mudar que farias?
L.C.: - Nada. As coisas são como são, é
aproveitar o que temos e somos.
Na altura que começaste a competir que sentias?
L.C.: - Sentia-me bem, por ter ali um novo
objetivo de vida. Quando comecei a competir internacionalmente, senti que
precisava melhorar muito se queria algum dia vir a fazer parte do grupo dos “grandes”, para discutir com eles os
pódios a nível mundial.
E atualmente como te sentes?
L.C.: - Hoje em dia a situação é
totalmente diferente, sei que sou um dos atletas sobre quem recaem as atenções.
Embora com 50 anos de idade, já levo muitos anos a alcançar regularmente
resultados de relevo em Taças do Mundo, Campeonatos do Mundo e Europeus. Para
além dos vários pódios já alcançados, continuo a lutar pelo top 5 mundial todos
os anos. Os meus adversários estão sempre à espera de que eu saque “um coelho da cartola” e que lhes possa estragar a festa.
Em Portugal não existe profissionalismo no paraciclismo, o
que sentes quando competes fora do nosso país com atletas que são
profissionais?
L.C.: - O paraciclismo é uma modalidade
amadora, em Portugal e em todo o mundo. De um modo geral, não há paraciclistas
profissionais, ninguém vive exclusivamente disto, nem mesmo os campeões do
mundo. Não confundir o fato de que muitos se dedicam exclusivamente ao
paraciclismo, com profissionalismo. Alguns podem não fazer mais nada para além
do paraciclismo, mas não têm um contrato que lhes dê um ordenado ao fim do mês.
Vivem de pensões, subsídios, seguros, patrocínios, etc. Em tantos anos, só tive
conhecimento de dois ou três paraciclistas que assinaram contratos
profissionais, em países estrangeiros, claro. Por isso, tendo conhecimento dessa
realidade, não me sinto em inferioridade de condições em comparação com os meus
adversários, sejam de que país forem.
Sentes-te com mais força para lutar e vencer?
L.C.: - Bem, a confiança, a vontade e a
ambição continuam intactas, sem dúvida. Já a capacidade física a partir de
agora é sempre uma incógnita. Tenho 50 anos e estou a competir com atletas na
casa dos 20, porque no desporto adaptado não há escalões etários. Um pormenor
que a maior parte das pessoas desconhece ou desvaloriza.
Gostavas de ser profissional, qual o estatuto que te daria
ser?
L.C.: - Ser profissional não me daria um
estatuto maior do que aquele que tenho. Quantos profissionais do ciclismo
português conquistaram medalhas em Campeonatos do Mundo e Europeus, como eu já
fiz? Mas gostaria, sim. Apenas pela possibilidade de assim poder deixar a minha
atual profissão e dedicar-me em exclusivo ao desporto, com os óbvios ganhos que
isso poderia trazer à minha performance.
Como são os teus treinos, fazes os mesmos sozinhos ou com
treinador?
L.C.: - Os meus treinos são como qualquer
treino de ciclismo. O treinador envia-me o plano diário e eu executo. Todos os
dados ficam registados no ciclocomputador, são depois descarregados para um
sistema informático e o treinador acede à informação sempre que necessita.
Treino sempre sozinho, 6 dias por semana, com duração média entre 1h30 e 3h30.
E mais 3 treinos/semana no ginásio como complemento.
Como consegues conciliar no teu dia a dia, treinos,
profissão, competições, família, e convívio com amigos?
L.C.: - Com muita “ginástica”. Mas tenho que dar prioridade
a algumas coisas em relação a outras. É o preço a pagar pelo sucesso e a
família e amigos são sempre os mais prejudicados, infelizmente.
Nas provas em que participas, quais as que te sentes
melhores, e mais gostas de competir?
L.C.: - As provas em que me sinto melhor
são os contrarrelógios, é aí que consigo obter os meus melhores resultados. No
contrarrelógio só dependo de mim, enquanto nas provas em linha há demasiados
fatores a ter em conta, como as táticas de alguns atletas que trabalham em
equipa, a colocação, as fugas, etc. Em
termos de perfil, gosto mais quando os percursos são montanhosos, pois sou leve
e isso dá-me alguma vantagem.
O que foi participar nos Jogos Olímpicos do Rio, e competir
nas condição de líder mundial?
L.C.: - Não tenho memória se nos Jogos do
Rio cheguei lá como líder do ranking mundial, mas se assim foi, isso não teve
qualquer importância, o ranking mundial é apenas uma soma de pontos adquiridos
nas várias provas ao longo da época, o líder do ranking pode não ser
necessariamente um dos melhores atletas da classe nesse ano, como foi o meu
caso em 2016. Mas sobre a minha participação nesses Jogos, posso dizer que foi
o concretizar de um sonho, e era um dos meus objetivos principais quando
comecei a competir. Mas senti muito mais emoção ao participar nos Jogos de
Tóquio 2020, pois enquanto nos Jogos do Rio eu não tinha ainda qualquer
hipótese de me bater com os candidatos ao pódio, em Tóquio já eu tinha um
estatuto totalmente diferente e creio que até dei espetáculo, mesmo sem ter
chegado às medalhas.
Atualmente em Portugal és o único na tua categoria, gostavas
de ter mais atletas a competir, a competição seria melhor?
L.C.: - Gostava de ter mais atletas da
minha classe em Portugal, claro. Se a competição seria melhor, isso já é outra
história. Se tivesse mais 20 atletas da minha classe, mas o nível deles fosse
baixo, de que me adiantava? Por vezes o que conta é a qualidade e não a
quantidade.
Quais os locais que mais dificuldades sentes, tanto para
treinares como competires, e quais mais gostas?
L.C.: - Não sinto dificuldade a treinar em
nenhum tipo de terreno. Mas onde mais gosto de treinar é na montanha.
Apoios, Federação Portuguesa de Ciclismo dá são aceitáveis?
L.C.: - A FPC suporta todas as despesas
sempre que represento a Seleção Nacional, quer seja em provas, estágios ou
exames médicos. Mas existem outras entidades oficiais responsáveis pelas
despesas da minha preparação. Como tenho o estatuto de alto rendimento e estou
integrado no Projeto de Preparação Paralímpico Paris 2024, recebo uma bolsa
mensal através do comité Paralímpico.
Achas que o estado deveria ter mais intervenção e apoiar o
desporto adaptado?
L.C.: - Sim. Embora muita coisa tenha
melhorado nesse campo, há muito por fazer em termos de apoio às federações,
desporto escolar e clubes, que são a base do desenvolvimento do desporto
adaptado.
Sobre o teu treinador e selecionador que tens a dizer?
L.C.: - São profissionais muito
competentes e devo a eles grande parte do meu sucesso.
Os patrocinadores consegues, é fácil arranjar?
L.C.: - Não é fácil, aliás, é cada vez
mais difícil. Nesse campo, as coisas não funcionam como noutros desportos. Os
grandes resultados nem sempre são sinónimo de mais patrocínios. Antes de
conseguir a minha primeira medalha num Campeonato do Mundo, tinha muitos mais
patrocínios. A partir daí foram reduzindo de ano para ano e para 2024 não tenho
garantido um único Euro de patrocinadores privados! Os poucos patrocinadores
que tenho para a presente época são em bens e serviços. Infelizmente só se
aceitam euros para pagar a gasolina, portagens, hotéis, etc. Nenhum outro
paraciclista tem o meu palmarés neste país, mas acho que não conheço as pessoas
certas ou então sou pouco apreciado pelas empresas, paciência.
Se não fosse o apoio anual que a Câmara Municipal de
Portimão me dá, e que espero voltar a ter este ano, as coisas seriam muito
complicadas.
Uma handbike, uma bicicleta chamamos-lhe assim, para pedalar
com os braços, ronda os 20.000 euros, já que também são necessários acessórios,
rodas para os diversos tipos de provas e treinos, que apoio tiveste para
adquirir a mesma?
L.C.: - Isso é um preço relativo. A minha
handbike custou isso, sim. Mas pode-se adquirir uma nova por metade desse
valor. Ou usada por muito menos. Tal como uma bicicleta normal, as handbikes
não são todas iguais. Cada um deve investir à medida dos seus objetivos. Gastar
20.000€ numa handbike para um atleta de fraco nível será uma estupidez. Eu tive
a sorte de ter o apoio da Câmara Municipal de Portimão para adquirir esta minha
handbike atual. Submeti um projeto ao Município e o mesmo foi aceite,
felizmente.
Não és um homem de lamentações, e continuas a andar de moto,
como sentes isso?
L.C.: - Ando de mota diariamente, vou na
minha 15ª mota…
Viver do paraciclismo em Portugal será impossível, se isso
pudesse acontecer, dedicavas-te apenas a isso?
L.C.: - Sim, sem dúvida. Mas nunca vai
acontecer.
Existe rivalidade com os teus adversários, tens amigos entre
eles?
L.C.: - Tenho muitos amigos entre os meus
adversários e não vejo nenhum deles como “rival”.
Todos damos o nosso melhor e respeitamo-nos mutuamente.
Achas que o desporto adaptado é bem tratado, e visto com
bons olhos pelos outros desportistas e outras pessoas?
L.C.: - Sinceramente, não. Até alguns
ciclistas ditos “normais” por vezes
olham para os paraciclistas como atletas de um patamar inferior. Continua a
existir o estigma do “coitadinho, é aleijado” e pensam que fazer paraciclismo é algo tipo
cicloturismo…
Fala dos teus palmarés e resultados ao longo da tua carreira
de paraciclista?
L.C.: - De um modo resumido, posso dizer
que alcancei 4 diplomas paralímpicos (Rio de Janeiro 2016 e Tóquio 2020), duas
medalhas de bronze em Campeonatos do Mundo (2017 e 2022), uma medalha de prata
e outra de bronze no Campeonato da Europa (2021), uma medalha de ouro, 5 de
prata e 5 de bronze em Taças do Mundo, 22 títulos de Campeão Nacional e 10
Taças de Portugal.
Qual foi a prova que mais satisfação deu fazeres?
L.C.: - A prova de contrarrelógio no
Campeonato do Mundo em 2017, na África do Sul. Alcancei a minha primeira
medalha de bronze num mundial e muito perto do ouro e prata. Foi fantástico.
Que motivações e objetivos tens para o teu futuro?
L.C.: - Este ano estou focado na minha
provável participação nos Jogos Paralímpicos de Paris e ainda no Campeonato do
Mundo que se realiza na Suíça logo a seguir. A partir daí, tenho que analisar
bem as coisas. Se continuar sem patrocínios monetários, não sei. Mas ainda
sonho em participar nos Jogos de Los Angeles 2028…
Luís Costa, a tua cabeça foi sem dúvida o teu ponto forte,
em que algumas circunstâncias te ajudaram, pensas continuar assim forte?
L.C.: - Nem admito outra coisa. Quando a
cabeça não me ajudar mais, o resto torna-se complicado.
Que conselhos darias a alguém que passou, ou possa passar
algo semelhante a ti?
L.C.: - Que nunca desista. Mas que seja
realista nos seus objetivos. Cada vez conheço mais pessoas que sonham demasiado
alto e depois sofrem grandes desilusões.
Duas questões, alguma pergunta que gostavas que te tivessem
feito e nunca fizeram, e até quando pensas continuar a competir?
L.C.: - Gostava que me tivessem perguntado,
por que motivo desde há já alguns anos que estou a competir como individual e
não por um clube. Penso competir até 2028.
A finalizar, algo que aches interessante em dizer, e um
comentário final?
L.C.: - Só queria agradecer a oportunidade
de dar esta entrevista.
Obrigado pela entrevista.
Estas, as palavras de um homem com
muita determinação e força de vencer, que continue a lutar assim com os seus
sonhos e objetivos, trazendo louros para o nosso país, e levar o nome de
Portugal além-fronteiras, num desporto que deveria ser visto com outros olhos,
e ter sem dúvida mais apoios, já que esses atletas assim o merecem.