Rui Oliveira foi 95.º na etapa e mantém a 108.º na geral
Por: Lusa
Foto: Twitter / Paris-Nice
Tadej Pogacar reforçou este
sábado a liderança do Paris-Nice, ao impor-se na sétima etapa, para somar o
segundo triunfo na prova e o sexto nesta temporada, num dia em que voltou a
bater Jonas Vingegaard.
O esloveno da UAE Emirates
conquistou a sétima tirada da corrida francesa, ao ser o primeiro a cortar a
meta no Col de la Couillole, cumprindo os 142,8 quilómetros desde Nice em
3:56.08 horas, à frente do seu vice na geral, o francês David Gaudu
(Groupama-FDJ), segundo a dois segundos, e do seu arquirrival Jonas Vingegaard
(Jumbo-Visma), terceiro a seis segundos.
Pogi voltou a derrotar o
dinamarquês no segundo duelo direto esta época entre os dois últimos vencedores
do Tour, reforçando a distância para os seus perseguidores na geral, a uma
jornada do final da 'Corrida ao Sol': o esloveno tem 12 segundos de vantagem
sobre Gaudu e 58 sobre Vingegaard.
Com apenas 117,5 quilómetros
para percorrer entre Nice e Nice no domingo - mas com duas contagens de
primeira categoria e três de duas no percurso -, Pogacar parece lançado para a
vitória final na prova francesa, depois deste sábado ter dado uma exibição de
autoridade, numa etapa em que as debilidades do atual campeão do Tour nesta
fase da temporada ficaram expostas na subida que desembocou na meta.
Um dia depois de a sexta
tirada ter sido anulada devido a más condições meteorológicas (ventos fortes),
o campeão mundial de contrarrelógio, o norueguês Tobias Foss (Jumbo-Visma), foi
o responsável por selecionar o grupo de candidatos na fase inicial dos 15,7
quilómetros, com uma pendente média de inclinação de 7,1%, da ascensão ao Col
de la Couillole, ditando o ritmo até encostar a seis quilómetros do alto.
O primeiro a estourar com a
pedalada imposta por Foss foi Daniel Martínez, o vencedor da Volta ao Algarve,
que voltou a demonstrar que não se dá bem com a responsabilidade de ser a
principal aposta da INEOS, mas só quando Vingegaard tentou assumir a iniciativa
é que a corrida se transfigurou.
Quando o dinamarquês tomou o
relevo do seu companheiro, Pogacar lançou-se na frente da corrida, numa manobra
de intimidação perante aquele que é, atualmente, o seu arquirrival. O campeão
do Tour soube ser paciente, não indo imediatamente ao choque, e acabou por
alcançar, graças também à colaboração de Gaudu, o esloveno a quatro quilómetros
do alto da contagem de primeira categoria coincidente com a meta.
O francês da Groupama-FDJ
tentou deixar para trás os últimos vencedores da Volta a França, mas ambos
responderam ao seu ritmo, até que Vingegaard quebrou a pouco mais de 2.000
metros do cume do Col de la Couillole.
Expectante, o bicampeão da
Volta a França (2020 e 2021) limitou-se a seguir na roda de Gaudu, enquanto o
recente vencedor do Gran Camiño, sem nunca desistir, diminuía as distâncias,
alcançando o duo da dianteira já no último quilómetro.
Numa demonstração de querer,
Vingegaard até foi o primeiro a atacar para tentar vencer a etapa, um gesto que
serviu apenas para confirmar que, neste momento, o jovem da UAE Emirates é o
homem mais forte do pelotão.
Companheiro de equipa do
esloveno de 24 anos, o português Rui Oliveira foi 95.º na etapa, a 28.53 minutos,
e é 108.º na geral, a 55.28 de Pogacar.
Fonte: Record on-line
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