Por: AMG // JP
A Rádio
Popular-Paredes-Boavista foi suspensa por 20 dias das competições
internacionais pela União Ciclista Internacional (UCI), na sequência dos
castigos de Domingos Gonçalves e David Rodrigues, por irregularidades no
passaporte biológico, confirmou à Lusa José Santos.
“Isto é
um processo meramente desportivo”, vincou o diretor desportivo
da formação ‘axadrezada’,
detalhando que a suspensão vigorará entre 29 de abril e 18 de maio e terá
incidência apenas em competições internacionais.
Na base da suspensão da Rádio
Popular-Paredes-Boavista está o artigo 7.12.1 do Regulamento Antidopagem da
UCI, que preconiza que “se num período de 12
meses dois ciclistas e/ou pessoas contratadas por uma equipa registada” naquele organismo forem notificados de “um resultado analítico adverso por um método ou
substância proibidos” ou “de
uma violação antidopagem” resultante de alterações no passaporte
biológico, “a equipa deve ser suspensa […] de
participar em eventos internacionais por um período a determinar”
pela Comissão Disciplinar da UCI.
“A
suspensão não deve ser inferior a 15 dias e superior a 45”, lê-se ainda naquele
artigo
A decisão da UCI resulta dos
castigos aplicados a Domingos Gonçalves e David Rodrigues, que se encontram
atualmente a cumprir suspensões de quatro anos por irregularidades no
passaporte biológico, em casos que remontam a 2018.
Em 12 de dezembro de 2019, a
UCI anunciou que Domingos Gonçalves tinha sido notificado de “uma violação do regulamento antidopagem por uso de uma
substância proibida, com base nas anomalias detetadas no seu passaporte
biológico entre 2016 e 2018”.
O antigo bicampeão nacional de
contrarrelógio (2017 e 2018) e campeão nacional de fundo (2018), que está
impedido de participar em qualquer prova até 11 de dezembro de 2023, viu ainda
anulados os resultados desportivos entre 11 de julho de 2018 e a data da
suspensão provisória, perdendo, entre outros, o nono lugar da Volta a Portugal
de 2018, e a etapa que ganhou, e a prata nos nacionais de contrarrelógio do ano
seguinte.
Também David Rodrigues cumpre
uma sanção de quatro anos, segundo a lista de sanções disciplinares publicada
no sítio oficial da Autoridade Antidopagem de Portugal (AdoP), por anomalias
detetadas em 2018.
“Isto
desanima os ciclistas, porque foi uma situação que aconteceu há quatro anos”,
reconheceu à Lusa José Santos, referindo-se ao estado de espírito do seu
plantel atual.
O diretor desportivo revelou
ainda que a equipa tentou ‘acelerar’ o processo para que a suspensão não coincidisse
com o Troféu Joaquim Agostinho e a Volta a Portugal, as próximas duas
competições internacionais disputadas em Portugal.
Fonte: Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário