Por: Lusa
O ciclista Nelson Oliveira,
sétimo classificado no contrarrelógio do Rio'2016, defendeu esta terça-feira
que o Comité Olímpico Internacional (COI) tomou a decisão "acertada"
ao adiar Tóquio'2020, pois a saúde dos atletas está "em primeiro lugar".
"Dadas as circunstâncias
em que vivemos atualmente no Mundo, penso que é uma decisão acertada, já que a
pandemia da covid-19 não parece estar a melhorar", começou por dizer o
corredor da Movistar, em declarações à agência Lusa.
Oliveira, que presumivelmente
seria o representante português no contrarrelógio dos Jogos Olímpicos
Tóquio2020, assumiu não estar desapontado, nem preocupado por ver o evento
adiado para 2021.
"Felizmente, temos um
calendário bastante preenchido. É pena não podermos competir agora, mas a saúde
está primeiro, a nossa e das pessoas todas. Como o panorama está assim, é
preferível adiar as competições e pensar em nós e na nossa saúde",
reforçou.
O ciclista da Movistar, que em
2021 cumprirá 32 anos, desvalorizou o impacto que o adiamento dos Jogos
Olímpicos pode ter na sua performance na capital nipónica, lembrando que, por
vezes, os ciclistas também caem antes dos grandes eventos e vêm a sua
preparação condicionada.
"Eu já tive a experiência
de cair, partir a clavícula e estar quatro semanas em casa a fazer rolos. As
coisas 'saem', porque somos profissionais e focamo-nos no nosso treino",
completou.
Aquele que é o melhor
contrarrelogista português da atualidade em termos de palmarés foi sétimo
classificado na sua especialidade há quatro anos, no Rio de Janeiro, depois de
ter caído quatro dias antes, na prova de estrada. Na sua estreia em Jogos
Olímpicos, em Londres2012, foi 18.º no 'crono'.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020
foram adiados para 2021, devido à pandemia de covid-19, anunciaram hoje o
Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, em
comunicado.
"Nas presentes
circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de
Saúde, o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo
Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados
para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021", lê-se no
comunicado.
Esta decisão foi, de acordo
com o mesmo documento, tomada "para salvaguardar a saúde dos atletas, de
toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional".
Fonte: Record on-line
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