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Chris
Froome foi ilibado esta segunda-feira das acusações de doping que recaíam sobre
si por um controlo positivo na passada edição da Volta a Espanha, por excesso
de salbutamol. Desta forma, o ciclista britânico mantém o seu triunfo da Vuelta
de 2017 bem como do Giro de Itália deste ano, podendo igualmente participar no Tour
que arranca no próximo sábado.
A
defesa de Froome alegava que o ciclista sofreu uma disfunção renal, o que
explica o excesso da substância em causa no seu organismo.
"A
UCI analisou detalhadamente todas as provas relevantes (consultando os seus
próprios peritos e peritos da Agência Mundial Antidopagem [AMA]). Em 28 de
junho de 2018, a AMA informou a UCI de que aceitaria, baseada nos factos
específicos deste caso, que os resultados da amostra de Froome não
constituíssem um AAF [sigla em inglês para resultado analítico adverso]",
lê-se no comunicado do organismo que rege o ciclismo mundial.
O
Ventilan, nome comercial do salbutamol, é um dos medicamentos mais utilizados
no tratamento da asma e é permitido pela AMA sem necessidade de requerer uma
isenção de uso terapêutico quando inalado até 1.600 microgramas num período de
24 horas e não mais do que 800 em 12 horas.
A
análise de Froome acusou uma concentração de 2.000 nanogramas por mililitro, o
dobro do autorizado, mas, como salvaguarda a UCI, a "lista proibida da AMA
prevê que um atleta possa estabelecer que o seu resultado anormal foi
consequência de um uso permitido e nesse caso não será considerado um
AAF".
"Embora
a UCI tivesse, obviamente, preferido que o processo tivesse tido termo no
início da temporada, tinha de garantir que Froome tivesse um processo justo,
como teria feito com qualquer outro corredor, e que a decisão correta fosse
tomada. Tendo recebido a posição da AMA em 28 de junho de 2018, a UCI preparou
e emitiu a decisão formal fundamentada o mais rapidamente possível",
acrescenta o organismo.
Além
das edições de 2013, 2015, 2016 e 2017 da Volta a França, o britânico de 33
anos conquistou Vuelta de 2017 e o Giro já este ano.
"A
UCI entende que haverá uma discussão significativa sobre essa decisão, mas quer
tranquilizar todos os envolvidos e interessados no ciclismo que esta decisão é
suportada em opiniões de peritos, por conselhos da AMA e uma avaliação completa
dos factos do caso. A UCI espera que o mundo do ciclismo possa agora focar-se e
aproveitar as próximas corridas do calendário", concluiu.
A
105.ª edição da Volta a França vai ser disputada entre sábado e 29 de julho.
Fonte:
Record on-line
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