Fotos:
Jacintha Amorim, Helena Dias e João Fonseca
Daniel
Silva foi o 19º atleta mais rápido na estreia da nova competição nacional de
ciclismo que percorreu os 738 quilómetros da Nacional 2, a mais longa estrada
da europa e terceira maior do mundo, que liga as extremidades do território
português numa viagem fascinante entre Chaves e Faro.
O
ciclista algarvio da Sicasal-Constantinos-Delta Cafés esteve sempre ao mais
alto nível durante as cinco etapas da prova, rolando com bastante maturidade
entre a elite dum pelotão internacional já com ritmo de Volta a Portugal, prova
que dá as primeiras pedaladas no próximo dia 1 de agosto em Setúbal.
Numa
competição que teve como vencedor Raul Alarcon da W52 FC Porto, precisamente o
herói da última edição da maior prova velocipédica portuguesa, os atletas da
formação de Torres Vedras tiveram uma atitude indicadora de grande evolução e
sentido de equipa, fazendo antever a possibilidade dum futuro risonho no
ciclismo profissional.
Mesmo
com muita altimetria nas duas primeiras etapas, a prova desenvolveu-se sempre a
alta velocidade, atingindo médias superiores a 45 quilómetros por hora nos dois
últimos dias. Os jovens atletas aguentaram bem a pressão e não fora alguns
condicionalismos de ordem física e poderiam ter alcançado uma classificação
coletiva de maior sucesso.
Marvin
Scheulen iniciou a prova ainda em recuperação de um pequeno problema de saúde
que o vinha a afetar desde o início da semana, impossibilitando-o de estar ao
seu melhor nível. O ciclista de Almada terminou a prova na 112ª posição. Diogo
Sardinha foi vitimado por uma queda logo ao quilómetro quatro da terceira
etapa, que resultou em várias escoriações no corpo e fortes dores no cotovelo.
Ainda
assim, o atleta Sintrense não desistiu e após pronta assistência do seu staff e
da equipa médica do evento, voltou à corrida, recolou ao pelotão e terminou a
etapa a nove minutos do vencedor. Apesar das mazelas impeditivas de um melhor
desempenho, Sardinha terminou a prova na 94ª posição, a mesma que ocupava antes
do incidente.
Já
Tiago Henriques, que também foi vítima de queda mas na etapa 4, não teve a
mesma sorte, tendo terminado ali a resistência deste atleta de Alenquer que faz
em 2018 a sua estreia na categoria sub-23. Marcelo Salvador também esteve em
excelente plano, fazendo uma prova muito regular que lhe valeu a 43ª posição na
tabela classificativa.
Francisco
Morais continua a evoluir muito positivamente e foi um dos grandes
protagonistas da quinta e última etapa ao integrar uma fuga a três que durou
cerca de 40 quilómetros. O jovem atleta de Pêro Pinheiro terminou a competição
na 105ª posição da geral. Hélder Miranda, diretor desportivo da equipa, fez
assim a sua leitura da prova: " para mim foi a corrida mais consistente
que a equipa fez esta época.
Estiveram
sempre bem colocados no pelotão e bastante unidos em defesa da melhor
classificação possível do Daniel e ainda disponíveis para entrar na batalha das
fugas todos os dias, com sucesso em algumas. Saímos desta competição com a
confiança de podermos fazer uma grande Volta a Portugal do Futuro, nosso maior
objetivo da época "
Fonte: Academia Joaquim Agostinho
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