quarta-feira, 25 de abril de 2018

“REGIÃO CENTRO TERÁ MAIS TRÊS PERCURSOS PEDESTRES E CICLÁVEIS”

Ecopista do Vouga, Ecovia do Mondego e EuroVelo1 - Rota da Costa Atlântica

Por: Lusa

Foto: Lusa

A região Centro vai, nos próximos anos, ter mais três percursos pedestres e cicláveis, que totalizarão mais de 200 quilómetros, cujos contratos de financiamento do Programa Valorizar foram celebrados esta terça-feira.

Os novos projetos de turismo de natureza são a Ecopista do Vouga (65 quilómetros), a Ecovia do Mondego (90 quilómetros) e a EuroVelo1 - Rota da Costa Atlântica (79 quilómetros).

A Ecopista do Vouga, que atravessará os concelhos de Viseu, S. Pedro do Sul, Oliveira de Frades e Vouzela, é a obra mais cara, com um investimento total de 3,371 milhões de euros.

"Depois da fantástica experiência que tivemos com a Ecopista do Dão, que são 50 quilómetros [inaugurada em julho de 2011], ambicionávamos a sua ligação física à antiga Linha do Vouga, em Viseu", explicou aos jornalistas o secretário executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho.

Segundo o responsável, a ecopista será toda construída em terra batida, em cima da antiga linha ferroviária do Vouga.

"Vamos ficar com a maior ecopista da Península Ibérica (ao juntar a do Dão com a do Vouga), com ligação charneira no concelho de Viseu", frisou.

Nuno Martinho explicou que esta obra fica mais onerosa devido à necessidade de requalificação de diversas obras de artes (como pontes e túneis), nas quais será gasto cerca de um milhão de euros.

"Obviamente, temos que garantir todas as condições de segurança aos ciclistas e pedestrianistas que passam nesta infraestrutura e temos de fazer toda a requalificação dessas obras de arte", justificou.

Depois de hoje ter sido assinado o contrato de financiamento, a CIM Viseu Dão Lafões vai firmar um contrato interadministrativo com os quatro municípios envolvidos no projeto para que possa lançar a empreitada de construção civil.

O responsável espera que o contrato interadministrativo seja aprovado em junho nas assembleias municipais de cada município para que a CIM possa "lançar o concurso público logo de seguida, porque o projeto está com grande maturidade", uma vez que o projeto de execução já está concluído.

 

A obra "poderá demorar entre 18 a 24 meses", acrescentou

Também a Ecovia do Mondego, que terá uma extensão de cerca de 90 quilómetros e um investimento de 800 mil euros, vai ser ligada à já existente Ecopista do Dão.

"É um projeto que pretende acrescentar valor a um produto já por si com muito valor, que é a Ecopista do Dão, numa lógica de complementaridade, de reforçar aquilo que é o posicionamento deste produto", disse à agência Lusa o secretário executivo da CIM da Região de Coimbra, Jorge Brito.

A ideia é "pegar nos términos da Ecopista do Dão e prolongar até Penacova, passando pelos limites de Santa Comba Dão", depois "passar e ladear toda a barragem da Aguieira, numa paisagem notável no concelho de Mortágua", e "terminar na zona de Penacova, permitindo a confluência entre o Alva e o Mondego e toda a zona da Serra do Buçaco", explicou.

Serão usados "os recursos de vias existentes que serão reconfigurados para uso da ciclovia", acrescentou.

Já o projeto EuroVelo1 - Rota da Costa Atlântica irá desenvolver-se no litoral, numa extensão de 79 quilómetros, e representa um investimento de cerca de 1,4 milhões de euros.

"É numa lógica territorial completamente diferente, mas sempre numa lógica de complementaridade. O que nós queremos é que o turista que procura este tipo de produto possa andar no litoral, mas no dia seguinte possa andar no interior, em paisagens diferentes, complementando com a gastronomia e o património cultural", disse Jorge Brito.

Segundo o responsável, "a EuroVelo permitirá a ligação entre o norte de Mira, atravessando toda a zona do concelho de Mira, chegando ao concelho de Cantanhede, na freguesia da Tocha, depois o Cabo Mondego da Figueira da Foz, descendo pela Figueira da Foz e atravessando o Mondego".

Jorge Brito espera "que o projeto esteja pronto em quatro ou cinco meses e depois, até final de 2019, se não ter a totalidade da obra feita, ter grande parte da obra feita".

Fonte: Record on-line

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