Por:
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A
região Centro vai, nos próximos anos, ter mais três percursos pedestres e
cicláveis, que totalizarão mais de 200 quilómetros, cujos contratos de
financiamento do Programa Valorizar foram celebrados esta terça-feira.
Os
novos projetos de turismo de natureza são a Ecopista do Vouga (65 quilómetros),
a Ecovia do Mondego (90 quilómetros) e a EuroVelo1 - Rota da Costa Atlântica
(79 quilómetros).
A
Ecopista do Vouga, que atravessará os concelhos de Viseu, S. Pedro do Sul,
Oliveira de Frades e Vouzela, é a obra mais cara, com um investimento total de
3,371 milhões de euros.
"Depois
da fantástica experiência que tivemos com a Ecopista do Dão, que são 50
quilómetros [inaugurada em julho de 2011], ambicionávamos a sua ligação física
à antiga Linha do Vouga, em Viseu", explicou aos jornalistas o secretário
executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho.
Segundo
o responsável, a ecopista será toda construída em terra batida, em cima da
antiga linha ferroviária do Vouga.
"Vamos
ficar com a maior ecopista da Península Ibérica (ao juntar a do Dão com a do
Vouga), com ligação charneira no concelho de Viseu", frisou.
Nuno
Martinho explicou que esta obra fica mais onerosa devido à necessidade de
requalificação de diversas obras de artes (como pontes e túneis), nas quais
será gasto cerca de um milhão de euros.
"Obviamente,
temos que garantir todas as condições de segurança aos ciclistas e
pedestrianistas que passam nesta infraestrutura e temos de fazer toda a
requalificação dessas obras de arte", justificou.
Depois
de hoje ter sido assinado o contrato de financiamento, a CIM Viseu Dão Lafões
vai firmar um contrato interadministrativo com os quatro municípios envolvidos
no projeto para que possa lançar a empreitada de construção civil.
O
responsável espera que o contrato interadministrativo seja aprovado em junho
nas assembleias municipais de cada município para que a CIM possa "lançar
o concurso público logo de seguida, porque o projeto está com grande
maturidade", uma vez que o projeto de execução já está concluído.
A obra "poderá demorar entre 18 a 24 meses",
acrescentou
Também
a Ecovia do Mondego, que terá uma extensão de cerca de 90 quilómetros e um
investimento de 800 mil euros, vai ser ligada à já existente Ecopista do Dão.
"É
um projeto que pretende acrescentar valor a um produto já por si com muito
valor, que é a Ecopista do Dão, numa lógica de complementaridade, de reforçar
aquilo que é o posicionamento deste produto", disse à agência Lusa o
secretário executivo da CIM da Região de Coimbra, Jorge Brito.
A
ideia é "pegar nos términos da Ecopista do Dão e prolongar até Penacova,
passando pelos limites de Santa Comba Dão", depois "passar e ladear
toda a barragem da Aguieira, numa paisagem notável no concelho de
Mortágua", e "terminar na zona de Penacova, permitindo a confluência
entre o Alva e o Mondego e toda a zona da Serra do Buçaco", explicou.
Serão
usados "os recursos de vias existentes que serão reconfigurados para uso
da ciclovia", acrescentou.
Já o
projeto EuroVelo1 - Rota da Costa Atlântica irá desenvolver-se no litoral, numa
extensão de 79 quilómetros, e representa um investimento de cerca de 1,4
milhões de euros.
"É
numa lógica territorial completamente diferente, mas sempre numa lógica de
complementaridade. O que nós queremos é que o turista que procura este tipo de
produto possa andar no litoral, mas no dia seguinte possa andar no interior, em
paisagens diferentes, complementando com a gastronomia e o património
cultural", disse Jorge Brito.
Segundo
o responsável, "a EuroVelo permitirá a ligação entre o norte de Mira,
atravessando toda a zona do concelho de Mira, chegando ao concelho de
Cantanhede, na freguesia da Tocha, depois o Cabo Mondego da Figueira da Foz,
descendo pela Figueira da Foz e atravessando o Mondego".
Jorge
Brito espera "que o projeto esteja pronto em quatro ou cinco meses e
depois, até final de 2019, se não ter a totalidade da obra feita, ter grande
parte da obra feita".
Fonte:
Record on-line
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