O
diretor da Volta a França, Christian Prudhomme, pediu esta sexta-feira à União
Ciclista Internacional (UCI) uma rápida investigação no caso de doping de Chris
Froome, ciclista que não quer no Tour sob investigação.
A
UCI solicitou a Froome, quatro vezes vencedor do Tour (2013, 2015, 2016 e
2017), que explicasse o porquê de uma sua amostra de urina na Volta a Espanha
mostrar o dobro do nível de concentração de salbutamol permitido para uso
terapêutico.
"Queremos
a situação clarificada, para sairmos deste estado de escuridão e ambiguidade.
Queremos, obviamente, que uma investigação seja conduzida e queremos que não
dure meses e meses, pelo que queremos uma resposta breve da UCI no início da
próxima temporada", disse Prudhomme, à televisão francesa.
Se
for considerado culpado de doping, o ciclista da Sky, de 32 anos, pode perder o
título de vencedor da Vuelta e ser suspenso por um longo período.
Froome
tem prevista a participação na edição 2018 do Tour e Prudhomme quer evitar que
se repita um cenário idêntico ao que sucedeu com o espanhol Alberto Contador, que
correu e ganhou a Volta a Itália de 2011, numa altura em que estava sob
investigação por doping, e acabou perder o título e ser suspenso por dois anos.
Em
2017, o britânico venceu o Tour pela quarta vez e, depois, ainda ganhou a
Vuelta, prova em que acusou uma dose de salbutamol acima do permitido.
O
salbutamol ajuda a aumentar a capacidade pulmonar e pode ser usado com um
medicamento que aumenta o desempenho e a resistência. A agência mundial
antidoping permite que seja tomado apenas por inalação e em quantidades
limitadas.
A
Sky afirmou que Froome teve de aumentar a dose, sem exceder o admissível,
durante a Volta a Espanha, devido a "sintomas agudos de asma".
"Salbutamol
não é uma substância proibida. O que importa é a quantidade tomada e é por isso
que os especialistas têm de se pronunciar, embora pareça que a dose encontrada
foi o dobro do nível permitido", afirmou o diretor do Tour.
Fonte:
Record on-line
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