Ciclista dinamarquês aponta ao "melhor resultado possível na geral"
Por: Lusa
Foto: LUSA_EPA
Jonas Vingegaard considera que
estar na 111.ª Volta a França já é uma vitória, após a queda grave que sofreu
na Volta ao País Basco, com o ciclista dinamarquês a ambicionar fazer apenas "o melhor resultado possível na geral".
"Venho
com a ambição de fazer o melhor resultado possível na geral. Estar aqui já é
uma vitória, tudo o que conseguir a mais será um bónus",
assumiu em Florença, palco do 'Grand Départ' desta edição da prova francesa.
Bicampeão em título, o
ciclista da Visma-Lease a Bike regressará no sábado, na primeira etapa da 'Grande Boucle', à competição após quase
três meses de paragem na sequência da queda grave na Volta ao País Basco, na
qual sofreu fraturas de clavícula e costelas, uma contusão pulmonar e um
pneumotórax.
Sempre sucinto, Vingegaard
revelou pouco sobre o seu estado de forma, dizendo que "honestamente" não sabe se poderá ganhar um terceiro Tour
consecutivo.
"Trabalhei
muito e não estou em má forma. Quero acreditar que será possível, mas é preciso
esperar para ver", ressalvou, reconhecendo ter atravessado "os três meses mais difíceis" da
sua carreira.
Vencedor das últimas duas
edições e 'vice' da anterior
(2021), o líder da (desfalcada) Visma-Lease a Bike confessou ter duvidado sobre
se conseguiria estar à partida desta Volta a França.
"Um
dia, pensava que estaria, no dia seguinte, pensava o contrário. Mas decidi
lutar e não chorar pela minha sorte", explicou o também
vice-campeão em título da Volta a Espanha.
Sem Sepp Kuss, o vencedor da
Vuelta2023 e o seu principal gregário nas montanhas, Vingegaard contará com
Matteo Jorgenson, um dos 'fenómenos'
da temporada, e o 'estelar'
Wout van Aert para o ajudar a defender o título entre sábado e 21 de julho, em
Nice.
"Estou
contente de estar aqui, mas início o Tour na pior condição física desde que sou
corredor. Veremos o que acontece, espero ser, pelo menos, útil à equipa",
disse Van Aert, também ele ainda à procura da melhor forma depois de ter
fraturado a clavícula e vários costelas numa queda na clássica Através da
Flandres.
A equipa neerlandesa terá pela
frente uma 'super' UAE
Emirates, integrada pelo português João Almeida, e, sobretudo, um excecional
Tadej Pogacar, vindo de um triunfo na Volta a Itália... e de uma infeção por
covid-19.
"Fiquei
doente há 10 dias. Tive covid, foi um pequeno ponto de interrogação [rumo ao
Tour], mas recuperei bem e estou completamente restabelecido",
revelou o esloveno de 25 anos, em conferência de imprensa.
O segredo mais bem guardado de
'Pogi' só hoje foi conhecido,
mas o vencedor das edições de 2020 e 2021 e 'vice' nos últimos dois anos
garante não ter passado "muito mal".
"Foi
apenas uma constipação que passou rapidamente. A covid não é tão virulenta como
antes, sobretudo quando já estiveste infetado. Já estive uma vez, se calhar
duas", enumerou, indicando que adoeceu durante um
estágio em Isola 2000, ponto final da 19.ª etapa da 111.ª edição.
O líder da UAE Emirates, que
procura tornar-se no primeiro ciclista a alcançar a 'dobradinha' Giro-Tour desde Marco Pantani
em 1998, parou "um dia completo antes de
regressar à bicicleta, primeiro nos rolos, dentro de casa, depois no
exterior".
O caso de covid-19 de Pogacar
não era conhecido até hoje, mas a doença 'tirou'
do Tour Sepp Kuss, que não conseguiu recuperar após ter sido infetado no
Critério do Dauphiné, e também Tao Geoghegan Hart, o vencedor do Giro2020 que
iria liderar a Lidl-Trek nesta 'Grande
Boucle'.
A organização da Volta a
França não tem, no entanto, qualquer protocolo especial em vigor, ao contrário
do que aconteceu em edições anteriores.
Fonte: Record on-line
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