Por: Lusa
Foto: EPA/Pedro Sarmento Costa
O uruguaio da
Glassdrive-Q8-Anicolor tentou hoje, com um ataque a mais de 60 quilómetros da
meta, chegar à liderança da prova que ganhou em 2021, mas acabou ‘derrotado’ pelo
campeão em título.
Apenas “alguma condição climática" adversa
pode mudar a classificação geral da Volta ao Alentejo em bicicleta, defendeu
hoje Mauricio Moreira, após uma quarta etapa em que Orluis Aular cumpriu o
objetivo de vestir a amarela.
O uruguaio da
Glassdrive-Q8-Anicolor tentou hoje, com um ataque a mais de 60 quilómetros da
meta, chegar à liderança da prova que ganhou em 2021, mas acabou ‘derrotado’ pelo
campeão em título, sendo apenas quarto da geral, a 22 segundos do ciclista da
Caja Rural.
“Como
sempre, como a cada dia nesta equipa, saímos com a ideia de vencer. Hoje, não
foi exceção. Saímos com essa ideia. Foi um dia muito duro, os adversários estão
muito fortes”, reconheceu o vencedor da Volta a Portugal,
após ter concluído os 148,2 quilómetros entre o Crato e Castelo de Vide na
quinta posição, a dois segundos do vencedor, o colombiano Adrián Bustamante
(Kelly-Simoldes-UDO).
Num “percurso um bocado diferente daquilo que foi nos últimos
anos”, nomeadamente devido à ausência de um contrarrelógio,
Moreira e a sua equipa deram “tudo”.
“Temos de estar contentes. Parabéns aos
vencedores, que foram mais fortes”, afirmou, em declarações à
agência Lusa.
O discurso de Moreira parece
ser o de alguém que já concedeu a derrota, algo que o próprio corrobora.
“É
difícil. Só alguma condição climática [adversa] pode mudar a classificação,
porque sabemos que o terreno não o vai fazer. Para já, vamos descansar e logo
pensamos em amanhã [domingo]”, concluiu.
Embora alerte que a 40.ª Volta
ao Alentejo só estará concluída no domingo, quando completar os 154,9
quilómetros entre Monforte e a Praça do Giraldo, em Évora, Orluis Aular era
hoje um homem satisfeito.
“Era uma
etapa muito complicada, mas confiava na equipa. Fizeram um grande trabalho
durante toda a etapa. O que eu queria era conseguir a liderança, mas também a
vitória na etapa, mas não pôde ser. Escapou-me das mãos nos últimos metros, mas
estou contente por colocar-me de líder na etapa de hoje”,
resumiu, à Lusa.
O venezuelano da Caja Rural
reconheceu que a quinta e última etapa “é menos complicada” do que a jornada de
hoje, mas notou que, ao ser um dos ciclistas que responderam ao ataque de
Moreira e se distanciaram definitivamente do pelotão, se desgastou “muito”.
“Dei tudo
por essa camisola amarela. Conseguimo-la, felizmente”,
disparou o campeão em título, que no domingo pode ser o primeiro ciclista a
vencer duas edições consecutivas da ‘Alentejana’,
que conta apenas com um vencedor ‘repetente’ na sua história, o espanhol Carlos Barbero (2014
e 2017).
Fonte: Sapo on-line
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