"Corrida ideal para começar a preparar a época, para depois ir a todas as corridas na Bélgica", assume sprinter holandês
Por: Lusa
Foto: EPA
Fabio Jakobsen gostava de
desempatar com Michal Kwiatkowski como ciclista no ativo com mais vitórias na
Volta ao Algarve, uma missão a que se propõe na 49.ª edição e que será 'apenas' mais uma numa temporada 'apontada' ao Tour.
Depois de no domingo ter 'experimentado' a novíssima Figueira
Champions Classic, prova que estava "ansioso" por correr e que foi a sua primeira na Europa
esta temporada, o sprinter holandês mostra-se entusiasmado para iniciar, na
quarta-feira, em Portimão, a sua quinta Volta ao Algarve consecutiva.
"É a
corrida ideal para começar a preparar a época, para depois ir a todas as
corridas na Bélgica", assume, em declarações à
agência Lusa.
Esta edição da 'Algarvia' tem, no entanto, um atrativo
especial para o ciclista da Soudal Quick-Step, que no ano passado, quando
venceu pela segunda vez a camisola por pontos da prova (a primeira foi em
2020), somou dois triunfos e 'empatou'
com Michal Kwiatkowski como ciclista no ativo com mais vitórias (quatro) na
única corrida portuguesa da categoria UCI ProSeries.
Lançado o desafio, Jakobsen
ri-se, mas promete "tentar" distanciar-se do polaco da INEOS, o vencedor das
edições de 2014 e 2018, que curiosamente também está inscrito na 49.ª edição.
"Há
dois sprints, por isso é possível. Claro que haverá outros sprinters bons lá,
mas vamos tentar. Seria 'cool' ser o ciclista com mais vitórias",
concede.
A primeira das oportunidades
do corredor de 26 anos para somar o quinto triunfo é já na quarta-feira, na
primeira etapa, uma que tão bem conhece, ou não tivesse erguido os braços em
Lagos, ponto final da ligação de 200,2 quilómetros com partida em Portimão, em
três ocasiões (2019, 2020 e 2022).
Mas o que não falta àquele
que, muito provavelmente, é o melhor sprinter da atualidade são objetivos,
embora ele os resuma numa frase.
"O
meu principal objetivo é ganhar o mais possível, absolutamente. Tentar ganhar
corridas grandes na primavera, as tais corridas na Bélgica, e depois apontarei
à Volta à França outra vez. No verão, tentarei estar no meu melhor lá, e ganhar
um sprint também", enumera.
Vencedor de uma etapa no
Tour2022 e de cinco na Vuelta, o campeão europeu é, contudo, mais cauteloso ao
assumir uma candidatura à camisola verde na próxima Volta a França.
"Talvez
[ri-se]. É algo que só podes perspetivar após duas semanas [da prova]. Penso
que com tipos como o [Wout] Van Aert e o [Mathieu] Van der Poel será difícil,
mas nunca sabemos de antemão. Só preciso de estar na melhor forma possível, e
depois veremos se consigo usar a camisola verde",
perspetiva.
Apesar de ter conquistado a
classificação por pontos na Vuelta'2021, Jakobsen considera que os dois
'prodígios' estão a dificultar a tarefa dos sprinters.
"Eles
são tão bons que podem fazer tudo. Enquanto sprinter, só posso participar nos
sprints em pelotão compacto, mas eles estão sempre lá para somar pontos. É
difícil competir com eles, mas nunca se sabe. Temos sempre de tentar, por isso
[a camisola verde] está, seguramente, na minha mente",
afirma à Lusa.
Embora tenha a vida
dificultada, o acessível ciclista da Soudal Quick-Step confessa gostar do
ciclismo espetacular e imprevisível proporcionado por Van Aert e Van der Poel.
"Para
os espetadores, na televisão, é agradável de ver. Torna as corridas atrativas.
Para mim, nem tanto, mas, no final, se fossem só sprints, também seria
aborrecido. É bom, porque é entusiasmante de ver",
conclui.
A 49.ª Volta ao Algarve
decorre entre quarta-feira e domingo, arrancando em Portimão e terminando com
um contrarrelógio nas ruas de Lagoa.
Fonte: Record on-line
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