E agora o que vai acontecer…
Por: José Morais
Terminou hoje dia 25 de
outubro em Milão, a 103ª edição do Giro de Itália, num ano muito especial e
atípico, onde a pandemia parece quer não nos largar a nível mundial,
privando-nos de tanta coisa, mas onde mesmo assim vamos tendo algumas alegrias.
O ciclismo português está de
parabéns, pela primeira vez na modalidade, Portugal falou bem alto, deu cartas,
e demostrou que apesar de pequeninos, e mal governados, conseguimos brilhar lá
fora, apesar de não ser a primeira vez que aconte-se, esta foi sem dúvida
talvez a mais importante, a mais falada a nível nacional e mundial, e para
nossa admiração na nossa comunicação social, seja escrita, em especial nas
televisões onde o ciclismo é esquecido, e desta vez o mesmo abriu alguns
telejornais.
As figuras foram sem dúvidas
dois grandes heróis, o primeiro nome, João Almeida da equipa Deceuninck-Quick
Step, foi quarto no final da 103ª edição do Giro de Itália, que ficou a 41s do primeiro
classificado, mas temos de destacar este grande ciclista que fez história no
ciclismo português, depois de ter estado durante 15 dias com a camisola Rosa vestida, perdeu a dois
dias do final do Giro descendo para 5º lugar, mas que na última etapa, o
contra-relógio final recuperou e acabou em 4º lugar, um feito nunca conseguido
por ninguém.
Mas o outro herói chama-se Rubem
Guerreiro, da equipa EF Pro, foi o grande vencedor da montanha, e conquistou a camisola
Azul prémio da montanha, também aqui existiu um grande feito, o qual nunca
tinha acontecido por nenhum ciclista português, apesar de já termos tido outros
grandes ciclistas a terem feito excelentes trabalho e conseguido méritos, estes
sem dúvida destacaram-se.
Este dois grandes heróis
chegam amanhã a Lisboa cerca das 12:30, esperemos que tenham uma boa receção
dentro das normas de segurança, são ciclistas que tem de ser reconhecidos, e
homenageados, tanto o Primeiro Ministro como o Presidente da Republica já os
felicitaram, porem esperemos que tenham o bom censo, e que sejam recebidos,
reconhecidos, e galardoados como merecem, tanto pelo trabalho que fizeram, como
pela divulgação do nome de Portugal além fronteiras, não ficando assim no
esquecimento.
Também seria importante a
nossa comunicação social marcar presença, e em especial as televisões, fazerem
destaque a estes dois ciclistas, e começarem a ver o ciclismo com outros olhos,
reconhecendo o que é o atleta ciclista, o esforço, e a dedicação que tem com a
modalidade, lutando pela modalidade que muitas vezes é muito desprezada.
E agora o que vai acontecer… e
voltando novamente a falar nas televisões, espero que tenham o bom senso de
levar estes heróis aos seus programas diários, para que os mesmos contem as
suas histórias, contem os momentos bons e os menos bons, e o que é a verdadeira
vida do ciclista, já que a modalidade e os amantes da mesma merecem mais
respeito.
Termino deixando mais uma vez
os parabéns ao João e ao Ruben, foram grandes heróis, e os grandes protagonistas
do Giro de 2020.
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