Por:
Lusa
A
quarta edição do Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, que se
realiza de 12 a 14 de abril, vai contar com 18 equipas de ciclismo e vai passar
pela Torre.
"Este
é um prémio com categoria 2.1 [da União Ciclista Internacional, último que
permite equipas do WorldTour]. Teremos cá equipas de bastante valor. Teremos um
pelotão com 18 equipas de várias nacionalidades", afirmou esta
segunda-feira Carlos Pereira, diretor da prova.
Este
responsável falava em Belmonte, distrito de Castelo Branco, onde hoje foi
apresentada a quarta edição da prova, que percorrerá mais de 500 quilómetros,
passando por 16 concelhos dos distritos de Castelo Branco e da Guarda.
De
acordo com Carlos Pereira, a prova vai ter três etapas, "todas elas
difíceis", "com bastante montanha", sendo que a última é
considera a "etapa rainha" por integrar a passagem na Torre, na Serra
da Estrela.
Sublinhando
que este prémio tem "grande importância" no calendário da Federação
Portuguesa de Ciclismo, Carlos Pereira destacou que todos os ciclistas e todas
as equipas querem ganhar.
Entre
as equipas que deverão estar na prova, destaque para a W52-FC Porto, a Israel Cycling
Academy e a norte-americana Rally UHC, todas do escalão continental
profissional (segunda divisão).
De
resto, em prova estarão as oito equipas continentais portuguesas: Rádio
Popular-Boavista, LA-Alumínios, Miranda-Mortágua, Efapel, Oliveirense-Inoutbuild,
Vito-Feirense, Aviludo-Louletano e Sporting-Tavira.
Do
mesmo escalão, devem estar presentes a EvoPro (Irlanda), VIB Sports (Barhein),
Monkey Town (Holanda), Amore & Vita-Prodir (Letónia), Hurom (Polónia),
Massi Vivo (Paraguai) e Lokosphinx (Rússia), que conquistou no ano passado a
prova, por Dmitry Strakhov.
Em
relação aos ciclistas, Carlos Pereira destacou, entre outros, Raúl Alarcon e
Gustavo Veloso (W52-FCPorto), Jóni Brandão (Efapel) ou Tiago Machado
(Sporting-Tavira).
"A
grande luta vai ser entre os portugueses, que já têm este território como seu e
não querem deixar que o prémio vá para fora, até porque ganhar o Grande Prémio
das Beiras e Serra da Estrela já é um feito bastante grande", disse.
A
prova começa no dia 12 de abril, com a ligação entre Vilar Formoso e Pinhel,
num trajeto de 155 quilómetros, classificado como de "média
dificuldade".
A
segunda etapa decorre no dia 13, com partida em Manteigas e chegada no Fundão,
num total de 197 quilómetros, e cuja dificuldade é considerada "média alta".
A
derradeira etapa tem 177 quilómetros, está classificada como sendo de
dificuldade "média alta" e realiza-se no dia 14, com partida em
Celorico da Beira, passagem pela Torre e meta na Covilhã.
De
acordo com José Manuel Biscaia, secretário-geral da Associação de Municípios da
Cova da Beira (AMCB), entidade que promove este prémio, haverá mais de 750
pessoas envolvidas, mais de 100 viaturas a acompanhar a prova, mais de 3.000
dormidas na região e cerca de 9.000 refeições servidas, segundo apontou.
Citando
um estudo referente à edição de 2018, este responsável explicou que a
estimativa aponta para que o valor potencial do evento seja na ordem dos 2,1
milhões de euros, quando o investimento ronda cerca de 210 mil euros.
"Estamos
aqui a servir-nos de um evento chamado ciclismo para, essencialmente, divulgar
o nosso território e promovê-lo; promovê-lo nacional e
internacionalmente", disse.
José
Manuel Biscaia frisou ainda que a organização continua a pensar alargar esta
prova ao território espanhol, estando previsto que no próximo ano haja uma
etapa em Salamanca.
Presente
na conferência de imprensa, o presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado,
sublinhou a importância deste evento ao nível da estratégia de promoção e
valorização turística da marca "Centro" e mais em particular do
destino Serra da Estela, nomeadamente em termos do turismo ativo e do turismo
desportivo.
Uma
ideia partilhada pelo presidente da AMCB e da Câmara de Belmonte, António Dias
Rocha, que se mostrou confiante de que a edição deste ano terá o mesmo sucesso,
que tiveram as anteriores.
Fonte:
Record on-line
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