Por:
Alexandre Reis
Foto:
DR Record
O
único português no Tour, Tiago Machado, diz que tem tentado a sua sorte, mas as
pernas nem sempre têm correspondido. Acredita, no entanto, que ainda poderá ter
uma oportunidade naquilo que resta da Volta a França.
"O
balanço que faço destas nove etapas do Tour é o que se esperava. Tenho feito
aquilo que me é pedido pela equipa, que quer ganhar etapas. Temos feito por
isso, eu já tentei, tenho tentado, mas não há desculpas. Os outros têm sido
mais fortes. Mas vou continuar a tentar", considerou o ciclista da
Katusha-Alpecin, sem revelar qual vai ser a sua próxima aposta.
Em
dia de interregno da Volta a França, Tiago Machado aproveitou para descansar,
sem deixar de fazer ontem alguns quilómetros: "Pedalei durante hora e meia
em ritmo de treino e, agora, é tempo de retemperar as forças o melhor possível
e aproveitar a conclusão do dia com o jantar."
Quanto
à corrida, Tiago Machado considera que o britânico Christopher Froome (Sky),
camisola amarela, "é quem está mais preparado para vencer o Tour",
ressalvando que "ainda faltam muitos quilómetros até Paris". Seja
como for, "Froome foi atacado e nunca cedeu, demonstrando bom momento de
forma."
Etapa
muito perigosa
O
vencedor da Volta à Eslovénia de 2014, de 31 anos, não deixou de criticar as
situações que se registaram, anteontem, na etapa rainha, pois a última descida
em direção à meta provocou o abandono de 5 ciclistas, entre os quais o
acidentado australiano Richie Porte (BMC), vítima de uma queda que o levou ao
hospital com fraturas numa clavícula e bacia. "O ciclismo é perigoso, mas
há situações que se podem evitar. O traçado de ontem [domingo] aumentou o
perigo. É preciso mais cuidado no desenho das etapas", concluiu Machado.
Porte
considera ter tido sorte
Sério
candidato aos primeiros lugares, Richie Porte ficou de fora, num total de cinco
abandonos, todos por causa de quedas. Já no hospital de Chambery, o australiano
ficou desiludido, mas agradeceu a sorte. "Foi uma grande deceção, pois
estava muito forte e a equipa a corresponder. Mas depois de ver o acidente,
creio que tive muita sorte. Recordo-me de que entrei numa curva e a roda traseira
bloqueou, provocando a queda", revelou Porte.
Já
a Movistar também protestou por causa do traçado: "Temos de refletir.
Cavendish, Porte, Thomas, Valverde, Izaguirre ficaram de fora por causa desta
atmosfera de risco. Temos de encontrar soluções para este drama",
considerou Eusebio Unzue, diretor desportivo da equipa espanhola.
Fonte:
Record on-line
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