Foi a mais dura etapa
dos últimos anos da Volta a Portugal. “Ao
nível do World Tour”, garantiu sem pestanejar Gustavo Veloso, o vencedor da
6ª etapa da 78ª Volta a Portugal Santander Totta que ligou esta quarta-feira a
vila de Belmonte à Guarda na distância de 173,7 quilómetros. Cinco segundos
depois de Gustavo Veloso cruzou a linha de meta Daniel Silva (Rádio
Popular-Boavista), que subiu ao terceiro posto da classificação geral. O pódio
do dia ficou completo com outro homem da W52-FC Porto, Raúl Alarcon.
Após todas as
comemorações e enquanto se dirigia, já descontraído, para o controlo antidoping, Veloso confessou nunca ter
feito uma etapa com esta dificuldade, que não tendo terminado no ponto mais
alto de Portugal continental passou duas vezes na Torre (Serra da Estrela) e
terminou na Guarda num empedrado bastante inclinado. “Foi uma das melhores etapas da Volta a Portugal, uma etapa difícil,
ao nível do World Tour. Fizemos a aposta em manter a equipa junta. No final
ainda pensei que alguém pudesse atacar e, por isso, decidi ser eu a arrancar”,
explicou o corredor da W52-FC Porto que atacou nos últimos 400 metros e deixou
para trás o grupo de nove corredores que conseguiu chegar à cidade mais alta de
Portugal nos lugares da frente. O espanhol manteve o segundo lugar da
classificação geral, mas reduziu para 2’25’’ (menos 20’’) a diferença para o
companheiro de equipa e Camisola Amarela, Rui Vinhas, que resistiu às
dificuldades e terminou na quinta posição.
O triunfo de Veloso foi
o segundo na prova, após a vitória no alto da Sra. da Graça, na 4ª etapa, o
galego da W52-FC Porto voltou a ser protagonista ao vencer isolado na cidade
mais alta de Portugal.
Sobe e desce na Estrela
Com
a jornada de descanso cumprida, o pelotão chegou a Belmonte com energias
renovadas, essenciais para a “Etapa Rainha” da Volta. Os 123 corredores que
alinharam tinham pela frente um autêntico carrossel na Serra da Estrela.
Na
primeira subida à Torre, pela Covilhã, apenas quatro homens discutiram o Prémio
de Montanha de categoria especial. Bruno Silva (LA Alumínios-Antarte) foi o
primeiro e o colombiano Ramiro Diaz (Funvic-Soul Cycles) amealhou os pontos
necessários para manter a Camisola Azul Liberty Seguros.
Na
descida, o pelotão voltou a rolar compacto, mas na segunda subida à Torre, pela
vertente de Seia, Jóni Brandão decidiu jogar todas as cartas e ficou isolado na
frente. O homem da Efapel, terceiro classificado à partida, esteve muito forte
e conseguiu cerca de dois minutos de vantagem, mas o grupo perseguidor,
dominado pela W52-FC Porto, controlou a fuga e a dois quilómetros da meta matou
o sonho de Brandão que durou 80km valeu-lhe o Prémio da Combatividade
Conselheiros da Visão.
Depois dos
trepadores, os sprinters...
Após as emoções da
etapa rainha, a próxima tirada da 78ª Volta a Portugal Santander Totta é
dedicada aos sprinters. Os 182km
definidos para a sétima tirada começam às 12h45, em Figueira de Castelo Rodrigo, que depois de 19 anos regressa ao
mapa da prova. No final é expectável uma chegada discutida em bloco no
emblemático, quente e sempre muito animado empedrado da Avenida Nuno Álvares,
em Castelo Branco.
Fonte: Podium
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