Por: José Carlos Gomes
A Seleção Nacional disputa, neste domingo, a
prova de fundo para a elite masculina do Campeonato do Mundo de Estrada. Será
uma corrida com 268,3 quilómetros, partindo de Antuérpia às 9h25 para terminar
em Lovaina perto das 16h00.
Portugal estará representado por André
Carvalho, João Almeida, Nelson Oliveira, Rafael Reis e Rui Oliveira, depois de
uma indisponibilidade de última hora impedir Rúben Guerreiro de dar o
contributo à equipa.
O percurso tem várias fases distintas. Começa
com uma ligação em linha desde Antuérpia até Lovaina, onde os corredores
completarão pouco mais de uma volta ao circuito urbano, deslocando-se depois
para o denominado circuito da Flandres, o setor mais duro, com seis muros, dois
dos quais em empedrado. Segue-se um regresso a Lovaina para três voltas
completas ao traçado urbano mais duas incompletas. Dar-se-á nova incursão pelo
circuito da Flandres, antes do regresso para as duas voltas finais de Lovaina.
“É um percurso atípico, não
totalmente enquadrado nas caraterísticas dos corredores portugueses. Por isso,
não temos a pressão de controlar a corrida, que estará às costas das equipas
com os principais especialistas neste tipo de terreno. No entanto, não nos
podemos esquecer que transportamos a bandeira de Portugal e que representamos o
país. Isso dá-nos responsabilidade de lutar por um bom resultado”,
explica o selecionador nacional, José Poeira.
João Almeida quer elevar o nome do país, embora
admita falta de tarimba em corridas como a deste domingo. “Não tenho muito experiência em clássicas nem em
corridas tão longas. Além disso, este é o meu primeiro Mundial de elite, pelo
que será uma experiência nova para mim. Vou fazer tudo para me manter no grupo
principal para conseguir um bom resultado. Terei disponibilidade para ajudar a
equipa, caso algum companheiro esteja melhor, porque o importante é colocar
Portugal lá em cima”, salienta o natural de A-dos-Francos.
Mais experiente é Nelson Oliveira, corredor com
bons resultados na Flandres, que chama a atenção para o circuito maior, fora da
cidade. “O circuito, com subidas curtas, mas
muito inclinadas, é bastante duro. Duas das subidas são em empedrado, o que fará
a corrida ainda mais difícil do que poderíamos prever antes de termos
reconhecido o percurso no terreno. Apesar de a meta estar longe deste circuito,
é possível que aconteça ali alguma seleção”, prevê o anadiense.
Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo
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