Vencedor da Volta a França em 2019 assumiu como objetivo chegar à terceira semana sem ter cedido muito tempo.
O colombiano Egan Bernal
(INEOS), vencedor da Volta a França em 2019, assumiu como objetivo chegar à
terceira semana da 107.ª edição sem ter cedido muito tempo, depois de hoje ter
optado pelo calculismo na quarta etapa.
Após uma etapa que defraudou
as expectativas dos espetadores do Tour, sem ataques entre os candidatos à
geral final, o líder da INEOS lamentou ter cedido 10 segundos para o esloveno
Primoz Roglic, vencedor da quarta etapa, mas esclareceu que o seu plano hoje,
na primeira chegada em alto do Tour, nunca passou por atacar.
“Não é bom que outro ciclista que roube
segundos, mas há que ter muita paciência e estarmos conscientes de que o nosso
objetivo é chegar à terceira semana sem ter perdido muito tempo e aí tentar de
recuperá-lo na alta montanha”, revelou.
O colombiano, de 23 anos, foi
sétimo em Orcières-Merlette, a primeira das quatros chegadas em alto deste
Tour, com as mesmas 04:07.47 horas de Roglic, que, contudo, ganhou 10 segundos
de bonificação por ser primeiro no final dos 160,5 quilómetros desde Sisteron.
“O objetivo era minimizar o
tempo perdido […]. Foi uma etapa muito rápida, parecendo um ‘sprint’ na fase
final. Penso que foi uma boa subida para ver como estão os candidatos à geral,
pelo que estou feliz de ter chegado à meta com eles, pois foi muito duro”,
argumentou o sexto da geral.
Bernal poderá, no entanto,
sair mais pressionado desta jornada, uma vez que o equatoriano Richard Carapaz,
vencedor do Giro2019 e presumível ‘plano B’ da INEOS, descolou na subida e
cedeu 18 segundos para o grupo dos favoritos, estando agora a 45 segundos da
amarela vestida por Julian Alaphilippe (Deceuninck-QuickStep).
Quem também perdeu tempo, mais
concretamente nove segundos, foi o alemão Emanuel Buchmann, (Bora-hansgrohe),
que foi 17.º na tirada e ocupa a mesma posição na geral, a 26 segundos do
francês.
“Passei muito tempo ao vento
para manter a minha posição [no grupo] e, quando a corrida acelerou, fui
incapaz de seguir e perdi um pouco de tempo, mas não muito. As minhas mazelas
[de uma queda no Critério do Dauphiné] estão melhores dia após dia e já não
sinto dores”, declarou ao site da sua equipa, recordando que “há muito caminho
até Paris”.
Já Alaphilippe foi um dos
vencedores do dia, apesar de não ter alcançado um dos dois objetivos a que se
propunha, o de vencer a etapa.
“Seguimos o plano. A equipa
fez um belíssimo trabalho a controlar desde a partida até á última subida.
Tínhamos o duplo objetivo de ganhar a etapa e manter a amarela. Tenha a
satisfação de estar de amarelo. Estive perto da vitória [foi quinto], mas fui
derrotado pelo mais forte”, resumiu.
Fonte: Sapo on-line
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